11.9.08

MANIFESTO DE APOIO A SONINHA


Vereadora teve a coragem de denunciar existência de “acordões” na Câmara

Diversos lideres políticos, promotores culturais, professores, profissionais liberais e ativistas sociais do país já assinaram o manifesto de apoio a candidata do PPS à prefeitura de São Paulo, vereadora Soninha Francine, que está sendo alvo de perseguição de seus colegas da Câmara paulistana por ter tido a coragem de falar publicamente que a votação de propostas na Casa só se dá por acordos, muitos deles espúrios. Não é nenhuma novidade, já que a imprensa denuncia sucessivamente os “acordões” da câmara e a prática do toma-lá-dá-ca.

Mas, pela declaração ter vindo de uma colega de mandato, despertou a irá de parlamentares. “Quase como o “código de honra” da máfia, que manda exterminar quem se opõe às regras do crime organizado, alguns vereadores pedem a cabeça de quem ousa questionar o modus operandi das negociações realizadas na Câmara Municipal”, diz o manifesto.

Já assinaram o documento o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, Clarice Herzog, víuva do jornalista Vladmir Herzog, Tereza Vitale, coordenadora nacional de Mulheres do PPS, João Batista de Andrade, cineasta e ex-secretário estadual da Cultura, Luís Mir, historiador; Dina Lida Kinoshita, doutora em física da USP e membro da Cátedra UNESCO de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância, Davi Zaia, deputado e presidente estadual do PPS de São Paulo; Carlos Fernandes, presidente municipal do PPS de São Paulo, entro outros.

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Manifesto de solidariedade a Soninha, pela coragem de criticar atuação da Câmara paulistana

Nós, cidadãos e cidadãs que ainda acreditamos que a ética e a transparência são essenciais à política e à democracia, repudiamos veementemente os atos de hostilidade contra a vereadora e candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, e consideramos inadimissível qualquer tentativa de intimidação ou ameaça de punição pelo simples fato de manifestar o seu pensamento e as suas opiniões.

Estamos todos solidários à vereadora Soninha neste momento, pela coragem de jogar luz sobre a obscuridade da Câmara Municipal de São Paulo - e pelo desprendimento de abrir mão de uma possível reeeleição como vereadora para entrar em uma campanha majoritária e influenciar decisivamente nos rumos do debate político e programático da cidade.

Quando Soninha afirmou na sabatina do jornal “O Estado de S. Paulo” que os vereadores paulistanos fazem acertos de todos os tipos e diferentes nuances, mais ou menos republicanas, para a aprovação de projetos na Câmara, foi como se riscasse um fósforo sobre um barril de pólvora.

A grande maioria dos vereadores simplesmente não admite que algum de seus pares questione as práticas e métodos próprios do parlamento paulistano. Quase como o “código de honra” da máfia, que manda exterminar quem se opõe às regras do crime organizado, alguns vereadores pedem a cabeça de quem ousa questionar o modus operandi das negociações realizadas na Câmara Municipal.

Não é segredo para ninguém que os projetos de lei - seja de iniciativa do Executivo ou dos vereadores - só entram em pauta após acordo entre os líderes partidários. Como se chega a esses acordos é o grande tabu - que a imprensa não aprofunda e que Soninha vem apontando desde o seu primeiro ano de mandato, sem grande repercussão.

Agora que é candidata à Prefeitura, as mesmas declarações ganham um enfoque diferenciado. Mas a nossa indignação é a mesma de Soninha contra essa prática dos vereadores paulistanos - que, em vez de pedirem a apuração das acusações e o esclarecimento das suspeitas, querem a punição da acusadora. Muito singular este senso de justiça e transparência.

Porém, São Paulo reivindica um novo parâmetro ético para qualificar o debate e dignificar a nossa representação política. Assim, a postura de Soninha deixa de ter apenas um caráter partidário para se transformar em um clamor de todos aqueles que amam esta cidade e desejam resgatar os sonhos e a esperança de uma sociedade mais digna, justa e humana.

Roberto Freire, presidente nacional do PPS; João Batista de Andrade, cineasta e ex-secretário estadual da Cultura; Paulo Baia, professor do Departamento de Economia da PUC; Sérgio Salomão Shecaira, professor titular de Direito Penal da USP; Alberto Aggio, historiador e professor livre-docente da Unesp; Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos; Clarice Herzog, publicitária; Arrigo Barnabé, músico; Cláudio Kahns, cineasta; Gunnar Carioba, administrador; Tereza Vitale, coordenadora nacional de Mulheres do PPS; Hercídia Mara Facuri Coelho, pró-reitora acadêmica da Universidade de Franca; Luís Mir, historiador; Dina Lida Kinoshita, doutora em física da USP e membro da Cátedra UNESCO de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância; Giovanni Menegoz, tradutor; Tibério Canuto, jornalista; Silvano Tarantelli, jornalista; Wanderlei Silva, diretor do Polo de Cinema e Video do DF; Davi Zaia, deputado e presidente estadual do PPS de São Paulo; Carlos Fernandes, presidente municipal do PPS de São Paulo; Nelson Teixeira, secretário-geral do PPS de São Paulo; Maurício Huertas, jornalista e coordenador do Movimento Vergonha Nunca Mais, pela ética na Política.

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IMPORTANTE: A participação é aberta a qualquer cidadão. Estão listadas acima apenas as assinaturas iniciais do documento. A íntegra dos nomes dos apoiadores será atualizada e divulgada no decorrer dos dias. Para aderir ao manifesto, envie um e-mail para: vergonha@uol.com.br

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