PF prende filha de Jerominho e mais 10
Jornal do Brasil, 30/08/2008:
PF prende filha de Jerominho e mais 10
Candidata a vereadora e PMs cometeram crime eleitoral
Renata Victal
A candidata a vereadora Carmen Glória Guinâncio Guimarães, conhecida como Carminha Jerominho (PTdoB), e outras 10 pessoas foram presas ontem pela Polícia Federal durante a operação Voto Limpo. Levantamento da PF, mostra que a campanha de Carminha está sendo financiada por atividades ilegais da milícia Liga da Justiça. Segundo investigações, o grupo tentou matar dois moradores que não quiseram ceder espaço para afixação de propaganda eleitoral de Carminha.
A candidata é filha do vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho (PMDB), e sobrinha do deputado estadual Natalino Guimarães (sem partido), ambos presos sob acusação de chefiar o grupo miliciano. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Carminha e o irmão, Luciano Guinâncio, foragido da Justiça, assumiram o comando da quadrilha. Carminha foi presa em casa, em Campo Grande. O objetivo da operação era prender outras 21 pessoas – entre elas, 13 PMs.
– Começamos a investigação a partir da informação de que candidatos coagiam eleitores em determinadas áreas, como as favelas do Barbante, do Batan e da Carobinha disse o superintendente da PF no Rio, Valdinho Caetano. – Em 90 dias, identificamos cidadãos que foram obrigados a sair de suas casas e duas tentativas de homicídio contra pessoas que não quiseram ceder espaço para propaganda eleitoral.
Desde 13 de julho, o JB vem publicando reportagens mostrando que existem centenas desses currais no Rio controlados pelo tráfico de drogas, por política clientelista e por milícias. Hoje, cerca de 500 mil eleitores em favelas do Estado sofrem algum tipo de intimidação em seus locais de moradia.
O superintendente da PF acredita que operação tenha representado um “duro golpe” na milícia. Para ele, agora, a Liga da Justiça “some sem dúvida nenhuma”.
– Em algumas ocasiões, verificamos que cidadãos foram obrigados a sair de suas residências por não concordarem em apoiar essa candidata – conta Caetano.
O grupo é acusado de violar os artigos 300 e 301 do Código Eleitoral, que pune com até quatro anos de prisão aquele que se valer de servidor público ou usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido. Entre os presos, há seis policiais militares.
Carminha foi transferida da sede da PF para o presídio federal de Catanduvas (PR). Além da candidata, foram presos Guilherme Berardinelli, Fábio Pereira de Oliveira, Carlos Henrique Garcia Ramos, Luciano Sabino da Silva e os policiais militares Toni Aguiar, Júlio Cesar Ferraz, Ricardo Santos, Alonso dos Santos, Flávio Mendes Augusto e Moisés Pereira Maia Júnior.
Oito dos presos foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e de coação eleitoral e tentativa de homicídio. Apenas Guilherme Berardinelli e Luciano da Silva não foram enquadrados no crime de tentativa de homicídio. Carminha foi indiciada apenas por formação de quadrilha, segundo o TRE-RJ.
Aumento no faturamento
Para ter mais dinheiro durante a campanha de Carminha, os milicianos aumentaram o preço do gás vendido em comunidades da Zona Oeste. O aumento, segundo Caetano, foi de R$ 21 para R$ 32 por botijão. O advogado de Carminha não foi encontrado para comentar a prisão e as acusações.
PF prende filha de Jerominho e mais 10
Candidata a vereadora e PMs cometeram crime eleitoral
Renata Victal
A candidata a vereadora Carmen Glória Guinâncio Guimarães, conhecida como Carminha Jerominho (PTdoB), e outras 10 pessoas foram presas ontem pela Polícia Federal durante a operação Voto Limpo. Levantamento da PF, mostra que a campanha de Carminha está sendo financiada por atividades ilegais da milícia Liga da Justiça. Segundo investigações, o grupo tentou matar dois moradores que não quiseram ceder espaço para afixação de propaganda eleitoral de Carminha.
A candidata é filha do vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho (PMDB), e sobrinha do deputado estadual Natalino Guimarães (sem partido), ambos presos sob acusação de chefiar o grupo miliciano. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Carminha e o irmão, Luciano Guinâncio, foragido da Justiça, assumiram o comando da quadrilha. Carminha foi presa em casa, em Campo Grande. O objetivo da operação era prender outras 21 pessoas – entre elas, 13 PMs.
– Começamos a investigação a partir da informação de que candidatos coagiam eleitores em determinadas áreas, como as favelas do Barbante, do Batan e da Carobinha disse o superintendente da PF no Rio, Valdinho Caetano. – Em 90 dias, identificamos cidadãos que foram obrigados a sair de suas casas e duas tentativas de homicídio contra pessoas que não quiseram ceder espaço para propaganda eleitoral.
Desde 13 de julho, o JB vem publicando reportagens mostrando que existem centenas desses currais no Rio controlados pelo tráfico de drogas, por política clientelista e por milícias. Hoje, cerca de 500 mil eleitores em favelas do Estado sofrem algum tipo de intimidação em seus locais de moradia.
O superintendente da PF acredita que operação tenha representado um “duro golpe” na milícia. Para ele, agora, a Liga da Justiça “some sem dúvida nenhuma”.
– Em algumas ocasiões, verificamos que cidadãos foram obrigados a sair de suas residências por não concordarem em apoiar essa candidata – conta Caetano.
O grupo é acusado de violar os artigos 300 e 301 do Código Eleitoral, que pune com até quatro anos de prisão aquele que se valer de servidor público ou usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido. Entre os presos, há seis policiais militares.
Carminha foi transferida da sede da PF para o presídio federal de Catanduvas (PR). Além da candidata, foram presos Guilherme Berardinelli, Fábio Pereira de Oliveira, Carlos Henrique Garcia Ramos, Luciano Sabino da Silva e os policiais militares Toni Aguiar, Júlio Cesar Ferraz, Ricardo Santos, Alonso dos Santos, Flávio Mendes Augusto e Moisés Pereira Maia Júnior.
Oito dos presos foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e de coação eleitoral e tentativa de homicídio. Apenas Guilherme Berardinelli e Luciano da Silva não foram enquadrados no crime de tentativa de homicídio. Carminha foi indiciada apenas por formação de quadrilha, segundo o TRE-RJ.
Aumento no faturamento
Para ter mais dinheiro durante a campanha de Carminha, os milicianos aumentaram o preço do gás vendido em comunidades da Zona Oeste. O aumento, segundo Caetano, foi de R$ 21 para R$ 32 por botijão. O advogado de Carminha não foi encontrado para comentar a prisão e as acusações.
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