18.8.08

O que faz e o que não faz diferença

ANDREI BASTOS

A propósito da coluna do Noblat publicada na página 2 de O Globo de hoje (18/08/2008) *:

Ricardo Noblat e demais eleitores,

Atenção: não tirem as crianças da sala. Começa amanhã, no rádio e na televisão, o período de 45 dias de propaganda eleitoral gratuita de candidatos a prefeito e a vereador. Para quê? Para ser ignorada pela maioria dos eleitores, que assim abrem mais espaço ainda para corruptos, ladrões e assassinos ocuparem a política? E ainda por cima com o estímulo de alguns formadores de opinião?

Só não vê quem não quer que há muito tempo política não é carreira para os mais narcisistas entre nós, pelo menos para os narcisistas do bem. Afinal, não é mais confortável para os narcisistas dizerem para os outros como devem agir encastelados na novela das oito ou na mídia? Até porque, em geral, narcisistas e vaidosos são covardes.

Além disso, não há narcisismo e vaidade, por maiores que sejam, que resistam à realidade sórdida da política atual, a não ser que o vaidoso ou narcisista tenha envolvimento com a bandidagem ou seja um completo ignorante, que nem mesmo lê jornal.

Quem lê jornal sabe mais e quem lê o Jornal do Brasil, O Globo, o Extra etc. sabe que Jerominhos, Nadinhos e Babus da vida, com seus bandos de apoiadores e simpatizantes, ativos ou por omissão, é que devem ser chamados de “essa gente” e expelidos da sociedade. Qual é o lugar dessa gente? Na política e nos lares e vidas das pessoas de bem?

Só não vê quem não quer que fazer política hoje em dia, de verdade e não de vaidade, significa estar disposto a enfrentar assassinos a soldo do tráfico ou das milícias, assim como toda sorte de máfias que colocam muitos parlamentares corruptos em suas folhas de pagamentos.

Bons tempos aqueles em que nossos políticos apenas “roubavam, mas faziam”. Que saudades de Adhemar de Barros!

Fazer diferença nestas eleições é ter coragem de se juntar aos que denunciam os candidatos fichas-sujas e alertam os eleitores a respeito deles, como a AMB - Associação dos Magistrados Brasileiros por exemplo.

Fazer diferença é chamar esse tipo de gente de bandido e não de excelência.

Fazer diferença é lutar para que o programa eleitoral gratuito não seja mais estrelado por esse tipo de gente e sim por cidadãos e cidadãs que se disponham a servir aos interesses da população, representando-a verdadeiramente. Isto é o que faz diferença!

O que não faz diferença é desestimular a prática democrática das eleições e da apresentação dos candidatos, pois por pior que seja a qualidade dos programas eleitorais gratuitos, isto é um devaneio fascista ou estar a serviço dos interesses ilícitos dominantes.

Portanto, não tirem as crianças da sala e aproveitem para lhes ensinar o que é democracia. Isto é o que faz diferença!

ANDREI BASTOS - 23456 - Vereador
PPS - Partido Popular Socialista
(21) 2205-0022 / 9977-4276

Leiam também:
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Vote em Andreizinho!,
Nossa arma é o voto e
Mais um ladrão!.

***

* Transcrição parcial da coluna do Noblat:

O Globo, 18/08/2008:

RICARDO NOBLAT
de Brasília

O que faz diferença

Atenção: tirem as crianças da sala. Começa amanhã, no rádio e na televisão, o período de 45 dias de propaganda eleitoral gratuita de candidatos a prefeito e a vereador. Gratuita, de fato, não é. Pois custa uma grana preta tentar produzir programas de boa qualidade. E, ao fim e ao cabo, para quê? Para serem ignorados pela maioria dos eleitores.

Política é carreira para os mais narcisistas entre nós. Pense bem: o aspirante a um mandato eletivo é obrigado a se apresentar ao distinto público como o melhor entre os melhores. Na verdade, como o único que merece subir ao pódio. E, para isso, muitas vezes tem que esculachar os adversários - embora prometesse jamais fazê-lo, limitando-se ao debate de idéias e à defesa de propostas de governo.

O que esperar de programas estrelados por esse tipo de gente? Ora, além do auto-elogio, o que essa gente imagina que desejamos ouvir. Imagina não, tem certeza. Candidato com pinta de vencedor, que consegue arrecadar muito dinheiro, não dispensa pesquisas. São elas que o orientam a dizer o que o eleitor quer escutar - o que nem sempre é o que o candidato gostaria de dizer. Ou o que ele pensa. Às favas todos os escrúpulos!

(O resto do texto não faz diferença)

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