18.9.08

Deu no Globo

O Globo, Eleições 2008 / Conheça os Candidatos, 19/09/2008:

Andrei Bastos 23456 (PPS)

O jornalista Andrei de Sampaio Bastos, de 56 anos, começou a militar pela causa das pessoas com deficiência em 2003, quando era assessor da deputada Georgette Vidor, em parceria com o Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD). Na época, ele já estava aposentado por causa de um câncer e com deficiência física em conseqüência da doença. Pela primeira vez candidato à Câmara dos Vereadores, após concorrer sem sucesso a uma vaga de deputado estadual em 2006, Andrei quer defender no Legislativo municipal os direitos à acessibilidade de deficientes a transporte público, saúde, educação, mercado de trabalho e informação.

Nos últimos anos, Andrei lutou pelos direitos das pessoas com deficiência, principalmente no acesso ao transporte coletivo do Rio. Denunciou irregularidades ocorridas nos Jogos Parapan-Americanos e armadilhas contidas no projeto de lei do Estatuto do Portador de Deficiência, que chamou de “Estatuto do Coitadinho”. Participou ainda do movimento pela ratificação da Convenção da ONU para as pessoas com deficiência. Ele lembra que o município tem apenas 48 ônibus adaptados para o acesso de pessoas com deficiência, numa frota de mais de dez mil.

O GLOBO: Por que o senhor quer ser vereador?

ANDREI BASTOS: Sou envolvido com política desde a época do movimento estudantil. Ironicamente, no entanto, só me filiei a um partido em 2003, quando participei, como assessor, da campanha de Georgette Vidor a deputada estadual. Foi nessa época que assumi o compromisso político com pessoas com deficiência. Com um mandato, quero levar essa defesa a um patamar superior, assegurando os direitos dessas pessoas à acessibilidade.

O que precisa ser mudado?

ANDREI: O transporte público, e com urgência. Não adianta falar em inclusão de pessoas no mercado de trabalho, em educação, sem elas terem direito ao ir e vir. Eu acredito que a máfia do transporte coletivo do Rio de Janeiro precisa ser alijada desse processo. Não existe qualquer lei municipal que torne obrigatória a existência de ônibus adaptados. O que existe é um acordo entre as empresas e a prefeitura.

E como mudar isso?

ANDREI: O trâmite normal é apresentar um projeto de lei que, aprovado, cria no contrato de concessão das empresas a obrigatoriedade de um percentual mínimo de ônibus adaptados. Isso não é uma utopia. São Paulo já faz. Lá existem três mil ônibus adaptados, de uma frota de 15 mil.

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