23.10.08

TUDO DE BOM E PAZ

Queridos,

Não sei se todos sabem que já trabalhei com o Gabeira e com o Eduardo.

Experiências de vida importantes e, uma coisa que adoro, trabalho sério com compromisso que é tudo de bom!

Com o Eduardo estive no seu primeiro Gabinete na Câmara de Vereadores, fiz vários projetos de lei que viraram Lei, inclusive a do voluntariado que inspirou a Lei Nacional, ajudei-o a implantar a Comissão de Orçamento e também as reuniões de Orçamento Cidadão, uma proposta carioca de Orçamento Participativo que dava a cada área de Panejamento da Cidade a execução de projetos escolhidos por seus representantes locais. A metodologia foi tão legal que o Jorge Bittar quando virou Secretário de Planejamento do Estado, pegou a equipe que montamos naquela época e levou pro estado pra tentar repetir mas no Governo Garotinho a coisa não pegou.

Estudamos juntos na Escola de Políticas Públicas e Governo da UFRJ, uma turma bacana com muita gente que hoje é Secretária(o), Deputada(o), Prefeita(o), uma turma de pessoas motivadas a fazer mesmo. O Eduardo se destacava, fazia artigo sobre temas da política brasileira no jornal, trabalhava no seu mandato na Câmara, visitava vários pontos na cidade. Quando foi para a Secretaria de Meio Ambiente fui também. Passamos dias estudando a cidade, a secretaria, fizemos seminário, tínhamos textos para ler, um barato. O Eduardo fez encontros com todos os gestores das áreas que apresentavam suas propostas e tudo muito legal. Pena que no segundo ano de mandato ele saiu para sua vida política e o projeto inicial ao longo desse período ficou diferente. Mas o Gabeira era sempre uma inspiração nas nossas conversas. Depois ainda nos encontramos quando meus primos descobriram um painel do Paulo Werneck escondido numa parede do Maracanã, para restauração ele deu carta branca e aconteceu o projeto, bacana.

Com o Gabeira estive no seu primeiro Gabinete no Congresso e perdi a conta dos temas atuais trabalhados, debates e intermediações feitas, entre elas as que resultaram na adoção pelo governo brasileiro do coquetel para tratamento da AIDS, política pública brasileira mais que premiada. Nas negociações, o Gabeira abriu mão da autoria para que o projeto fosse apadrinhado pelo Senado e com toda aquela habilidade, emplacou.

Aí teve todos os outros temas e eu sempre vendo o Gabeira abrindo mão de autoria para que as coisas acontecessem.Os episódios com o Severino Cavalcanti, tão conhecidos e aplaudidos, essas coisas.

No meio tempo de toda essa agenda os artigos sempre instigantes na Folha de São Paulo, livros publicados, mas o que não me sai da cabeça foi um episódio quando saíamos de uma palestra no Centro Empresarial Rio a caminho de um restaurante na rua ao lado, se não me engano foi algo sobre a importação de pneus essa palestra. Na porta tem um quiosque de Banco 24 horas e um menino de rua, fora de si, xingava as pessoas e com um tijolo na mão impedia que elas chegassem ao caixa ou passassem pela calçada e batia no vidro do caixa com o tijolo e apontava-o de volta como se fosse arremessar, uma loucura. Um segurança tentava cutucar o menino com um cassetete mas estava visivelmente com medo para ser delicado e constrangido pelas pessoas que o alertavam sobre violência. Eu mesmo com a experiência dos cinco filhos, amarelei e ja´estava achando que a boa seria atravessar a rua e desistir do almoço. Gabeira nem pestanejou, foi firme até o garoto, deu a mão pra ele e o levou pro almoço conosco, conversando. Gente, o toque da mão e a conversa assertiva era tudo que aquele garoto e eu precisávamos!

Ao ver o debate ontem no Globo me ocorreu a certeza de que o Eduardo também vota Gabeira…

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Tudo de bom e paz,

Ruthinha
(Ruth Saldanha)

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