8.7.12

O PCB-PPS e a Cultura Brasileira

Lançamento e debate no Teatro Oi Casa Grande

Na próxima terça-feira, dia 10, às 19h30, no Teatro Oi Casa Grande (Avenida Afrânio Melo Franco, 290 – Leblon), será promovido um debate político-cultural e o lançamento do livro O PCB-PPS e a Cultura Brasileira: Apontamentos, do historiador carioca Ivan Alves Filho, A iniciativa é da Fundação Astrojildo Pereira, que editou a obra.

Como se sabe, a política vem estimulando a cultura e mesmo a reflexão filosófica mais profunda, desde pelo menos a Revolução Francesa, para nos atermos ao início da chamada modernidade. Não foram poucas as obras literárias e artísticas escritas no chamado calor da luta. Naturalmente, a atividade cultural não se reduz a essa ou aquela ideologia, mas ela tampouco pode ser desligada do seu contexto histórico.

No Brasil, não seria muito diferente. Afinal, este é o país das sínteses, a terra da pluralidade, o que envolve ainda a cultura, uma prática fundamentalmente agregadora e inclusiva. Assim, temos o tradicional e o moderno reunidos por ela. A reflexão e a ação também. A junção do erudito com o popular. E ainda a fusão de experiências e representações dos mais diversos horizontes, senão continentes. Tais características contribuíram para forjar a cultura brasileira, tal qual nós a conhecemos hoje.

O PCB, nascido há 90 anos e do qual se originaria o PPS – entendeu a importância da cultura no seu processo de aproximação com as pessoas. Até porque, muito perseguido ao longo da nossa conturbada história republicana, o partido não tinha, por momentos, como se apresentar com rosto próprio aos brasileiros. Os intelectuais e os artistas faziam isso por ele. Chegavam aonde o partido não podia chegar.

Nomes do peso de Oscar Niemeyer, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Ferreira Gullar, Djanira, Portinari, Rachel de Queirós, Di Cavalcanti, Solano Trindade, Nelson Werneck Sodré, Caio Prado Júnior, Plínio Marcos, Joel Rufino dos Santos, Dias Gomes, João Saldanha, Darcy Ribeiro, Luiz Werneck Vianna, Gianfrancesco Guarnieri, Gonzaguinha, Mércio Pereira Gomes, Mário Lago, João Batista de Andrade, Vladimir Carvalho, Sergio Arouca, Mário Schemberg, Luiz Hildebrando Pereira da Silva, Edison Carneiro, Astrojildo Pereira, Oswald de Andrade e Pagu, entre tantos outros, pertenceram ao mais antigo partido surgido no Brasil. Eis o que transformou o PCB-PPS em uma espécie de partido da inteligência brasileira, criando jornais, companhias de teatro e cinema, fomentando revistas, inaugurando cine-clubes, organizando seminários pelo país afora, durante décadas a fio.

Como a importância da cultura só faz crescer, nesses tempos em que o conhecimento assume o papel de verdadeiro meio de produção -, eis o que torna a leitura deste livro ainda mais atual e atraente.

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