28.6.13

Quando penso no futuro, não esqueço o passado

Quando penso no futuro, não esqueço o passado

BRUNO CRUZ

Para que a democracia avance, e não retroceda, é preciso enxergar as recentes manifestações que se espalharam por todo o Brasil como um movimento complementar à luta pela redemocratização do país e não uma contradição a ela. Se as eleições, os partidos, os sindicatos, uma nova Constituição e diversas outras garantias democráticas já não são suficientes hoje, vamos em frente, mas sem abrir mão do que foi conquistado até aqui.

Nesse sentido, é preciso estar atento ao fascismo de plantão, que ataca os militantes de partidos que estão exercendo seu direito democrático de livre expressão quando carregam suas bandeiras em atos públicos. Brasileiras e brasileiros foram torturados e assassinados pela ditadura militar quando lutavam pelo direito de dizer o que pensavam, de se manifestarem nas ruas e de se organizarem em partidos políticos.

No Brasil, o período da história em que não tínhamos partidos não à toa coincidiu com a escuridão da ditadura militar. Os fascistas que mandavam no país naquela época, foram anistiados e o pijama é seu uniforme agora. Guardados no porão da história, criminosos sem julgamento aguardam uma chance para voltar às ruas. O exército nas ruas, uma opção perigosa ventilada pelo Secretário de Segurança do Rio em entrevista coletiva à imprensa no dia 21 de junho.

Não negamos, com isso, a crise de representatividade instalada no Brasil. Os partidos, os sindicatos e demais entidades representativas, se quiserem sobreviver, terão de repensar sua forma de ação e organização. E é para afastar os fantasmas do passado que nós, da Chapa 1 – Linha Direta com Jornalistas, propomos a participação dos jornalistas do Rio no processo de apuração dos crimes da ditadura militar através da instalação da Comissão da Verdade do nosso Sindicato.

*Bruno Cruz é candidato a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro pela Chapa 1 – Linha Direta com Jornalistas.

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