30.3.07

Modernidade

Hoje eu concluí que de fato e finalmente chegamos à modernidade, não sem ouvir o lamento do meu lado masculino. Aconteceu que no meio da tarde, entre um compromisso e outro, fui descansar os ossos num banco dos jardins do Museu da República, no Catete. A tarde estava bonita, com o sol atravessando as copas das árvores e muitas crianças, mamães e namorados completando um belo quadro da existência. Foi um detalhe deste quadro, aparentemente despercebido por todos, que me levou à conclusão acima: sobre uma pedra, no meio do gramado e às margens do lago, duas jovens e belas moças trocavam intensas carícias e longos beijos na boca. Sem dúvida era uma cena linda. E como é lindo o amor…

Em outros tempos, mesmo sendo com protagonistas de sexos opostos, com certeza logo apareceria um guarda truculento, um verdadeiro animal, para interromper, às vezes até bruscamente, tal cena de amor.

Não é um sinal dos tempos?

*Escrito em 6 de julho de 2001 - 18:38

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