Tenho mais o que fazer
ANDREI BASTOS
Qual não foi minha surpresa ao verificar que o grande envelope pardo com o timbre "Poder Judiciário / Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro" continha uma "Notificação" para mim. É verdade que não deu para me sentir importante tal é o ridículo do dito documento. Bem que o supracitado Poder e o respectivo Tribunal poderiam estar empregando melhor o dinheiro público! Explico: fui candidato a deputado federal nas eleições de 2006 sem lenço e sem documento, ou seja, sem um tostão furado e muito menos "padrinhos" de qualquer tipo de máfia. Recebi doações da empresa de um irmão, da minha filha e de um amigo, o que totalizou a fantástica quantia de R$ 1.305,00. Gastei com despesas diversas e muitas tarifas bancárias exatamente R$ 1.304,68, o que deixou um saldo nada desprezível de R$ 0,32 no banco, mas que eu desprezei.
Agora recebo da Justiça Eleitoral este "Relatório Preliminar para Expedição de Diligências" e esta "Notificação", com prazo de 72 horas, para apresentar documentos e nova prestação de contas. Os digníssimos funcionários públicos autores de tão importantes documentos solicitam que eu "apresente para auditoria os canhotos dos recibos eleitorais utilizados" e "apresente para auditoria extrato bancário, abrangendo todo o período da campanha eleitoral". Sinceramente? Eu tenho mais o que fazer! E tão importantes e bem-sucedidos empregados públicos também deveriam ter mais o que fazer, particularmente em vista de tanta roubalheira e caixa dois, "coisa que todo mundo no Brasil sempre fez", como disse nosso presidente da República na famosa entrevista de Paris. Se quisessem e tivessem mais o que fazer, com certeza nossos funcionários heróis encontrariam números com muitos zeros a mais à direita dos valores das minhas contas.
Como não tenho mais nenhum documento referente à campanha eleitoral, vou até lá dizer isso a eles. Se eu não voltar porque me prenderam, desperdiçando mais ainda o dinheiro público, peço que de vez em quando alguém me leve alguns jornais e revistas para que eu me divirta com esse mundo de malucos otários.
Qual não foi minha surpresa ao verificar que o grande envelope pardo com o timbre "Poder Judiciário / Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro" continha uma "Notificação" para mim. É verdade que não deu para me sentir importante tal é o ridículo do dito documento. Bem que o supracitado Poder e o respectivo Tribunal poderiam estar empregando melhor o dinheiro público! Explico: fui candidato a deputado federal nas eleições de 2006 sem lenço e sem documento, ou seja, sem um tostão furado e muito menos "padrinhos" de qualquer tipo de máfia. Recebi doações da empresa de um irmão, da minha filha e de um amigo, o que totalizou a fantástica quantia de R$ 1.305,00. Gastei com despesas diversas e muitas tarifas bancárias exatamente R$ 1.304,68, o que deixou um saldo nada desprezível de R$ 0,32 no banco, mas que eu desprezei.
Agora recebo da Justiça Eleitoral este "Relatório Preliminar para Expedição de Diligências" e esta "Notificação", com prazo de 72 horas, para apresentar documentos e nova prestação de contas. Os digníssimos funcionários públicos autores de tão importantes documentos solicitam que eu "apresente para auditoria os canhotos dos recibos eleitorais utilizados" e "apresente para auditoria extrato bancário, abrangendo todo o período da campanha eleitoral". Sinceramente? Eu tenho mais o que fazer! E tão importantes e bem-sucedidos empregados públicos também deveriam ter mais o que fazer, particularmente em vista de tanta roubalheira e caixa dois, "coisa que todo mundo no Brasil sempre fez", como disse nosso presidente da República na famosa entrevista de Paris. Se quisessem e tivessem mais o que fazer, com certeza nossos funcionários heróis encontrariam números com muitos zeros a mais à direita dos valores das minhas contas.
Como não tenho mais nenhum documento referente à campanha eleitoral, vou até lá dizer isso a eles. Se eu não voltar porque me prenderam, desperdiçando mais ainda o dinheiro público, peço que de vez em quando alguém me leve alguns jornais e revistas para que eu me divirta com esse mundo de malucos otários.
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