7.10.09

A alegria das ratazanas

ANDREI BASTOS

Quando foi anunciado o nome do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 houve uma muitíssimo justificada explosão de alegria, tanto aqui como em Copenhage, entre os brasileiros presentes à solenidade.

Além de todos os benefícios sociais e econômicos que os Jogos podem trazer para o Rio e para o Brasil, naquele momento superávamos o complexo de vira-latas que sempre nos perseguiu. E esta é, sem dúvida, nossa maior conquista.

Por outro lado, e com muita evidência, também foi desmedida a euforia dos que vivem de assaltar os cofres públicos e seguem impunes paraísos fiscais afora. Chegaram a ser assustadoras as imagens dos focinhos nervosos de velhas e conhecidas ratazanas diante do cheiro forte do queijo dinamarquês.

A esperança de dias verdadeira e honestamente melhores para os cariocas e para todos os brasileiros, com destaque para os segmentos menos favorecidos da nossa sociedade e para as crianças e jovens que têm agora a chance de um futuro de realizações como nunca antes ocorreu neste país, é uma esperança que não pode sucumbir à voracidade das ratazanas de plantão.

Nesse sentido, a notícia veiculada hoje de que o “TCU condena membro de comitê da Rio 2016 a devolver dinheiro do Pan” chega como grande conforto para um povo cansado de ser roubado, tanto financeira como espiritualmente, e que está vivendo um momento único de felicidade com as perspectivas que o futuro imediato lhe oferece.

Desta vez, que dure pouco a alegria das ratazanas e não a dos pobres!

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