31.1.08

FOLIA ACESSÍVEL

Foto: Andrei Bastos

O charme de Louise Marie no Carnaval de 2007

Confira como chegar ao Sambódromo e as opções para o carnaval de rua

Os foliões com deficiências poderão se esbaldar no desfile das Escolas de Samba dos grupos Especial e de Acesso nos setores adaptados 4 e 13 do Sambódromo, de 3 a 6 de fevereiro. Segundo Roosevelt Moreira, coordenador geral da Passarela, há um acesso especial para eles por trás da Rua Frei Caneca. O site da Riotur informa sobre as opções de transporte.

SETOR 4

Táxi - Existem empresas preestabelecidas nos setores pares. As tarifas são cobradas com preço tabelado para sair do Sambódromo e bandeira dois ou preço preestabelecido com o passageiro para a ida à Marquês de Sapucaí.

Metrô - Funciona sem interrupção até 23h da terça-feira de carnaval, com intervalos de dez minutos na madrugada. A descida é na Estação Praça Onze. Após o desembarque, o folião deve virar duas vezes à direita, seguindo em frente para o Setor 2, e entrar na Rua Carmo Neto até a Avenida Salvador de Sá para chegar ao setor 4. Logo o Sambódromo estará à vista e diversas placas indicam a entrada para os setores.

SETOR 13

Táxi - Da mesma forma que do lado par, há empresas especiais para atender aos setores ímpares, com tarifas preestabelecidas. De qualquer modo, o táxi comum para a ida vai cobrar a bandeira 2 ou uma tarifa combinada com o passageiro antes de começar a corrida. Para quem sai da Zona Sul, o melhor trajeto é via túnel Santa Bárbara. Já quem vem da Zona Norte deve seguir pela Rua Itapiru. Em ambos os casos, o carro deve passar sobre o Viaduto São Sebastião que segue paralelo ao Sambódromo, onde o passageiro saltará. Logo se avistarão as placas indicativas para a entrada de cada setor.

Metrô – Saindo da Zona Norte ou da Zona Sul, a estação de descida é a Praça Onze. Daí, será preciso seguir até o Sambódromo, cujo trajeto é longo, de aproximadamente 700 metros, passando junto dos carros alegóricos das escolas e do Terreirão do Samba.

Ônibus – O trajeto de algumas linhas é alterado. Por isso, é necessário saber se o coletivo passará por cima do Viaduto São Sebastião.

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Setor 4 (frisa) – Setor adaptado com 25 lugares para pessoas com deficiência. Ingressos vendidos.

Setor 13 (frisa) – 300 lugares para pessoas com deficiência com direito a um acompanhante, totalizando 600 lugares. A Lei 273/81 garante o acesso às pessoas com deficiência a todos os setores do Sambódromo, entretanto, por não haver adaptação em todos eles, é destinada a gratuidade de ingressos desse setor.

Controle de acesso a esse setor:

COMDEF-Rio – Conselho Municipal de Defesa da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro.

Endereço do Sambódromo:
Passarela do Samba Professor Darcy Ribeiro - Sambódromo Rua Marquês de Sapucaí, s/n º - Praça Onze - Cidade Nova

PARA CURTIR O CARNAVAL SEM PROBLEMAS

É proibido aos participantes a comercialização de qualquer mercadoria dentro dos setores, assim como, a utilização de vasilhames de vidro (copos, garrafas ou similares), bem como, objetos cortantes ou contundentes e fogos. Os participantes poderão levar bebidas, sanduíches e frutas para consumo próprio. Em caso de uma eventual chuva de verão, o uso de uma capa descartável é aconselhável. Guarda-chuvas não são recomendáveis, pois dificultarão a visão do desfile.

No Sambódromo, existem lojas e lanchonetes espalhadas pelos setores, com diversos itens de alimentação disponíveis.

FESTA SEM EXCLUSÃO

O carnaval é para todos. É com esse pensamento que Heliton Andrade criou a ala de cadeirantes da Portela há quatro anos. Para ele, esse trabalho é mais uma forma de inclusão. “O importante é mostrar a capacidade do cadeirante interagir com as passistas”, diz Heliton, que explica algumas dificuldades no início de seu trabalho.

“No começo do projeto, fomos muito bem recebidos pelo pessoal da escola, mas sempre tinha aquela desconfiança com a ala. Será que um grupo de cadeirantes não poderia prejudicar a harmonia da escola? Provamos que não. A nossa ala é uma das mais organizadas e disciplinadas da Portela”, afirma.

Heliton Andrade também demonstra outras preocupações que vão além do carnaval, do samba e da Sapucaí. “Meu intuito é demonstrar que o deficiente deve ser integrado no mercado de trabalho e no esporte, pode estudar, além de se divertir”, conclui Heliton. Ele conta com 30 cadeirantes, incluindo Ana Cláudia Monteiro, que faz parte do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD).

CARNAVAL DE RUA

Aliás, o IBDD encabeça uma bela idéia para animar ainda mais o revigorado carnaval de rua carioca, o Bloco “SENTA QUE EU EMPURRO”, que vai mostrar que tem muito samba no pé, quer dizer, nas rodas, muletas etc. e vai desfilar sua alegria no dia 1º de fevereiro, saindo da porta do IBDD, mais precisamente do “pé-sujo” Bumbum Out (Rua Artur Bernardes, 26 - Catete), às 19h, não sendo possível precisar em quanto tempo será vencido o extenso trajeto (Ruas Artur Bernardes, Bento Lisboa e Dois de Dezembro) até o “Sogro” (Restaurante Paraíso do Chopp, na esquina da Rua Dois de Dezembro com Rua do Catete), onde se encerrará o grande desfile do maior bloco carnavalesco de chumbados do mundo!

***

Outro bloco que vai sacodir a poeira nas ruas do Rio é o GARGALHADA, que vai sair no dia 2 de fevereiro, às 13h, do clube de Vila Isabel (Rua 28 de setembro, 126). O desfile está previsto para começar às 15h, saindo da porta do clube, e contará com um Intérprete de Libras que traduzirá para a Linguagem de Sinais tudo o que for dito e cantado, prestigiando e incluindo a comunidade surda que participa do bloco.

Esse carnaval promete. As pessoas com deficiência terão uma ‘mãozinha na roda’ para brincar o carnaval.

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