6.6.15

Presos dois suspeitos de matar aluno da UFRJ em ponto de ônibus

Presos dois suspeitos de matar aluno da UFRJ em ponto de ônibus

Veja imagens da prisão dos suspeitos de matar Alex Shomaker Bastos. Operação em maio apreendeu moto que ajudou a identificar suspeitos

Clique aqui para assistir o vídeo.

A Polícia Civil prendeu dois suspeitos do assassinato do estudante de biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Alex Schomaker Bastos, de 23 anos, o jovem que foi morto a tiros por dois homens que estavam em motocicletas no dia 8 de janeiro enquanto esperava um ônibus no ponto da Rua General Severiano, em Botafogo.

Quem confirma é a mãe de Alex, Mausy Schomaker, que na noite de quarta-feira (3) recebeu um telefonema de policiais da Delegacia de Homicídios (DH) informando que, depois de interrogatórios e conferências de informações, concluíram que dois homens presos numa operação conjunta com a 10ª DP (Botafogo), realizada em 22 de maio, estavam envolvidos na morte de Alex. Ela afirma ainda que a família vai entrar com uma ação de responsabilidade civil contra o estado.

Mausy conta que saiba que os policiais estavam perto de prender os responsáveis pela morte de Alex, e que a 10ª DP, na operação conduzida pela delegada Barbara Lomba, no Jacarezinho, para prender assaltantes que agiam na região, foi fundamental para a localização dos suspeitos. A motocicleta de um deles foi apreendida na operação e a placa coincidia com a que a polícia tinha como pista para chegar aos autores do crime.

Os presos estão numa unidade do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Alex Schomaker Bastos, de 23 anos, estava saindo da Escola de Comunicação da UFRJ quando, no ponto de ônibus, foi abordado por criminosos. Alex foi baleado depois que dois homens apareceram em duas motos, pediram a mochila dele.

Ele foi socorrido por funcionários do Hospital Municipal Rocha Maia, que fica a poucos metros dali. Mas, por causa da gravidade dos ferimentos, ele precisou ser transferido aqui para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, onde morreu poucos minutos depois.

Os pais de Alex Andrei e Mausy Shomaker Bastos, junto com amigos e colegas de Alex, fizeram manifestações no local onde o rapaz morreu, colocando cartazes e pintando o ponto de ônibus de branco. Em março, o prefeito Eduardo Paes assinou decreto que transforma em praça o local onde Alex morreu. O logradouro foi nomeado Praça Alex Schomaker Bastos e passou por obras de requalificação.

Na noite de quarta, Mausy disse ao G1 que sabia que a polícia estava perto de chegar ao assassino do filho, porque a família acompanhava as investigações e, segundo disse, “a família sempre quis confiar na atuação da polícia”.

Ela disse que um inspetor da DH lhe telefonou avisando sobre as prisões..

“Foram muito delicados e gentis. O tempo todo cuidadosos. Mas não é nenhum favor do estado atender bem o cidadão, é obrigação. A família está atuando bastante, acredita muito na cidadania. E é nossa obrigação como cidadão lutar pela cidadania de pegar ônibus na hora que quiser, quando quiser. Meu filho morreu num ponto de ônibus que era perigoso, mas ele precisava pegar aquele ônibus. Minha obrigação é brigar pela cidadania. O Alex cidadão morreu pelo descaso do estado para com seus cidadãos. Se os pontos de ônibus fossem iluminados, se houvesse uma melhor segurança… A obrigação do estado é garantir que a pessoa possa pegar ônibus a hora que ela quiser, num ponto de ônibus iluminado e limpo”, disse.

Ela contou ainda que, com muita alegria, viu a nova Praça Alex Schomaker Bastos limpa, iluminada, com jardim, câmeras da CET-Rio, e carro de polícia por perto.

“Tem uma foto linda, que me deixou muito emocionada, na qual se vê um grupo de jovens conversando no ponto de ônibus à noite. Onde se vê isso? Só na Praça Alex.

O cidadão carioca esqueceu de brigar pela cidadania, acha que está mais seguro trancado em casa, com grades e câmeras, mas não, estamos sendo humilhados dentro de casa. Não andar na rua mostra o quanto o estado brasileiro nos humilha, o quanto nos tirou esse direito”, completou.
Mausy disse que a notícia da prisão dos suspeitos não acalma seu coração.

“Essa notícia não acalma nem aquece. E não existe perdão no nosso coração”, afirma.

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