CPI motiva racha de olímpicos
Folha de S. Paulo, 31/03/2007:
CPI motiva racha de olímpicos
ADALBERTO LEISTER FILHO, da Folha de S.Paulo
A proibição do Comitê Olímpico Brasileiro em relação à filiação de confederações ao Comitê Paraolímpico Brasileiro teve origem em Brasília.
Em carta enviada a Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, o senador Flávio Arns (PT-PR) questionou a participação das entidades olímpicas de vela e tênis no CPB.
“Depois da carta, encontrei o Nuzman em Brasília, e ele me respondeu que iria discutir o assunto”, conta Arns, que também faz parte da diretoria da ABDEM (Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais), que se opõe à gestão de Vital Severino Neto no CPB.
O comitê olímpico enviou comunicado às confederações vetando participação na entidade paraolímpica. Alegou que isso feriria a Carta Olímpica e o estatuto do COB. No entanto, nenhum dos documentos veta explicitamente a dupla filiação.
Sem a vela e o tênis na entidade, o atual presidente corre o risco de ser afastado. Além da ABDEM, Severino sofre forte oposição das organizações que cuidam de desporto em cadeira de rodas e vôlei paraolímpico.
Sua base de sustentação é composta, além de tênis e vela, pelas federações de desporto para cegos e para deficientes.
Os opositores já apresentaram várias denúncias contra a administração de Severino Neto. Uma delas questiona pagamento de comissão de 12% a uma empresa pelo contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal.
“O que ocorre é que o CPB tem buscado filiar confederações olímpicas para dar apoio ao Vital e mantê-lo no cargo, apesar de todas as irregularidades que ele comete”, afirma João Batista de Carvalho e Silva, presidente da confederação de vôlei paraolímpico.
Por outro lado, ao atender o pedido de Arns, o COB aumenta a blindagem contra a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis irregularidades na organização do Pan. Deputados querem examinar o estouro no orçamento e alguns contratos de licitação.
Porém os legisladores querem aguardar o último relatório do Tribunal de Contas da União sobre o tema. Arns é contra a iniciativa. “Não há indícios para justificar a CPI. Além disso, os gastos do Pan estão sendo fiscalizados pelo TCU”, defende o senador.
Procurado pela Folha, Severino Neto manteve posição de não se manifestar. Ele aguarda reunião com Nuzman para o dia 9 ou 10 de abril. O COB nega que haverá esse encontro.
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Remo e hipismo já compõem o CPB
Além de vela e tênis, as confederações de remo e hipismo já participam de atividades no Comitê Paraolímpico Brasileiro como entidades vinculadas -o tênis de mesa também teria manifestado interesse. O tênis até estuda acionar a Justiça para continuar no CPB.
CPI motiva racha de olímpicos
ADALBERTO LEISTER FILHO, da Folha de S.Paulo
A proibição do Comitê Olímpico Brasileiro em relação à filiação de confederações ao Comitê Paraolímpico Brasileiro teve origem em Brasília.
Em carta enviada a Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, o senador Flávio Arns (PT-PR) questionou a participação das entidades olímpicas de vela e tênis no CPB.
“Depois da carta, encontrei o Nuzman em Brasília, e ele me respondeu que iria discutir o assunto”, conta Arns, que também faz parte da diretoria da ABDEM (Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais), que se opõe à gestão de Vital Severino Neto no CPB.
O comitê olímpico enviou comunicado às confederações vetando participação na entidade paraolímpica. Alegou que isso feriria a Carta Olímpica e o estatuto do COB. No entanto, nenhum dos documentos veta explicitamente a dupla filiação.
Sem a vela e o tênis na entidade, o atual presidente corre o risco de ser afastado. Além da ABDEM, Severino sofre forte oposição das organizações que cuidam de desporto em cadeira de rodas e vôlei paraolímpico.
Sua base de sustentação é composta, além de tênis e vela, pelas federações de desporto para cegos e para deficientes.
Os opositores já apresentaram várias denúncias contra a administração de Severino Neto. Uma delas questiona pagamento de comissão de 12% a uma empresa pelo contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal.
“O que ocorre é que o CPB tem buscado filiar confederações olímpicas para dar apoio ao Vital e mantê-lo no cargo, apesar de todas as irregularidades que ele comete”, afirma João Batista de Carvalho e Silva, presidente da confederação de vôlei paraolímpico.
Por outro lado, ao atender o pedido de Arns, o COB aumenta a blindagem contra a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis irregularidades na organização do Pan. Deputados querem examinar o estouro no orçamento e alguns contratos de licitação.
Porém os legisladores querem aguardar o último relatório do Tribunal de Contas da União sobre o tema. Arns é contra a iniciativa. “Não há indícios para justificar a CPI. Além disso, os gastos do Pan estão sendo fiscalizados pelo TCU”, defende o senador.
Procurado pela Folha, Severino Neto manteve posição de não se manifestar. Ele aguarda reunião com Nuzman para o dia 9 ou 10 de abril. O COB nega que haverá esse encontro.
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Remo e hipismo já compõem o CPB
Além de vela e tênis, as confederações de remo e hipismo já participam de atividades no Comitê Paraolímpico Brasileiro como entidades vinculadas -o tênis de mesa também teria manifestado interesse. O tênis até estuda acionar a Justiça para continuar no CPB.
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