Dica da Veja?
ANDREI BASTOS
O que pode significar a matéria de capa da revista Veja desta semana?
Talvez sob o título “Che - A farsa do herói” e de todo o esforço do texto para destruir o mito, apresentando o guerrilheiro como implacável, sanguinário e tão irredutível em seus propósitos que foi abandonado até por Fidel Castro, acabe se alojando uma admirável contribuição justamente no sentido contrário, reforçando ainda mais a imagem de herói libertário e de paladino da justiça de Che Guevara, em vista do cenário de degenerescência das instituições em que vivemos.
Quantos não haverão de pensar o quanto faz falta nos nossos dias um “Che” como o apresentado agora pela revista? Alguém que não transija, não faça concessões e seja implacável?
Talvez o tiro da reportagem da Veja saia pela culatra e a substituição da imagem do “guerrilheiro altruísta” pela crueza do combatente implacável e sanguinário acabe resultando num upgrade do mito, dando-lhe coerência com a atualidade.
Afinal, não podemos deixar de considerar a possibilidade de que, por trás da aparente aceitação de tudo pela sociedade, estejam se formando as condições para o surgimento de outros “Che”, agora com o figurino que a revista apresenta, não importando se verdadeiro ou falso.
A bem da verdade, a reportagem é tardia, pois vivemos na era de Bin Laden, já faz muito tempo que o mal foi banalizado, até pelos videogames infantis. Por acaso não é de crimes, violência, políticos corruptos, milícias, assassinatos, crimes do colarinho branco, balas perdidas, desvios de dinheiro público e impunidade que se compõe nosso cotidiano?
O que pode significar a matéria de capa da revista Veja desta semana?
Talvez sob o título “Che - A farsa do herói” e de todo o esforço do texto para destruir o mito, apresentando o guerrilheiro como implacável, sanguinário e tão irredutível em seus propósitos que foi abandonado até por Fidel Castro, acabe se alojando uma admirável contribuição justamente no sentido contrário, reforçando ainda mais a imagem de herói libertário e de paladino da justiça de Che Guevara, em vista do cenário de degenerescência das instituições em que vivemos.
Quantos não haverão de pensar o quanto faz falta nos nossos dias um “Che” como o apresentado agora pela revista? Alguém que não transija, não faça concessões e seja implacável?
Talvez o tiro da reportagem da Veja saia pela culatra e a substituição da imagem do “guerrilheiro altruísta” pela crueza do combatente implacável e sanguinário acabe resultando num upgrade do mito, dando-lhe coerência com a atualidade.
Afinal, não podemos deixar de considerar a possibilidade de que, por trás da aparente aceitação de tudo pela sociedade, estejam se formando as condições para o surgimento de outros “Che”, agora com o figurino que a revista apresenta, não importando se verdadeiro ou falso.
A bem da verdade, a reportagem é tardia, pois vivemos na era de Bin Laden, já faz muito tempo que o mal foi banalizado, até pelos videogames infantis. Por acaso não é de crimes, violência, políticos corruptos, milícias, assassinatos, crimes do colarinho branco, balas perdidas, desvios de dinheiro público e impunidade que se compõe nosso cotidiano?
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