Governo quer acabar com escolas da Pestalozzi
Jornal da Pestalozzi, edição nº 120:
Governo quer acabar com escolas da Pestalozzi
Pelo projeto do MEC, ensino especial não poderá ser oferecido também pelas escolas das APAEs
A política nacional de educação especial, proposta pelo Ministério da Educação e em fase final de elaboração pretende proibir a criação de novas escolas para crianças com deficiência e “rebaixar” as escolas mantidas em todo o país pelas Apaes e Pestalozzi a centros de atendimento, sem ensino regular como o que é oferecido hoje.
A medida, se aprovada, vai prejudicar cerca de 380 mil crianças que estudam nas escolas mantidas pelas Apaes e Pestalozzi com acompanhamento psicológico, pedagógico e fisioterápico.
- É uma arbitrariedade e um retrocesso o que estão propondo. Onde vão colocar essas crianças e qual a qualidade de ensino que irão oferecer a elas. As escolas das mais de 5.500 cidades brasileiras estão preparadas para receber essas crianças? Quem propõe isso, com sinceridade desconhece a realidade do ensino no país. Todos queremos a inclusão com qualidade no ensino, mas sem imposição, para que as crianças possam realmente aprender e se incluir na sociedade – critica a presidente da Pestalozzi de Niterói, Lizair Guarino.
O senador Flávio Arns (PT/PR) criticou a medida e assinou manifesto destacando que, “ao arrepio do que vem acontecendo no Brasil e no mundo em termos de educação especial, a referida Política Nacional desconsidera e desvaloriza iniciativas que, ao longo dos anos, vêm suprindo a carência do Estado na área. As entidades como Apaes e Pestalozzis, escolas de surdos, cegos, autistas, paralisados cerebrais, entre outras deficiências, vêm desenvolvendo um excelente trabalho na oferta de educação especial a milhares de brasileiros”, afirmou o senador.
Para Arns, a iniciativa proposta pelo MEC fará com que crianças e jovens portadores de deficiência em mais de 3.500 cidades brasileiras que ainda não possuem escolas especiais sem qualquer atendimento nessa área. “Isso é negar o direito à educação, pois as necessidades educacionais de um percentual significativo de alunos com deficiência demandam de um atendimento especializado”, considera ele.
Lizair Guarino que presidiu o Conselho Nacional de Educação Especial, o qual deu origem a Secretaria Nacional de Educação Especial, critica a falta de diálogo com as instituições que trabalham com pessoas portadoras de deficiência. “O movimento pestalozziano está no Brasil há oito décadas, com um histórico importantíssimo na educação especial, inclusive no estímulo de criação do movimento apaeano e em propostas de inclusão do portador de deficiência na sociedade. Mesmo com toda essa experiência, fomos alijados do processo. Aliás, nunca vi um trabalho de inclusão como esse em qualquer país do mundo, feito de cima para baixo”, acusa.
Juntamente com Arns, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que como o senador é membro da Subcomissão de Assuntos da Pessoa com Deficiência, está colhendo assinaturas de outros parlamentares para barrar parte do projeto proposto pelo MEC.
Também a senadora Marisa Serrano (PSDB/MS) se mostrou contrária à iniciativa do governo federal. “Em vez de ir contra entidades como a Apae e a Pestalozzi, o MEC deveria propor alternativas sem tentar acabar com o trabalho que a sociedade já faz e bem. Desvalorizar, desprestigiar e desqualificar essas entidades é um crime cometido por pessoa que não entendem da área”, afirma Marisa Serrano.
Governo quer acabar com escolas da Pestalozzi
Pelo projeto do MEC, ensino especial não poderá ser oferecido também pelas escolas das APAEs
A política nacional de educação especial, proposta pelo Ministério da Educação e em fase final de elaboração pretende proibir a criação de novas escolas para crianças com deficiência e “rebaixar” as escolas mantidas em todo o país pelas Apaes e Pestalozzi a centros de atendimento, sem ensino regular como o que é oferecido hoje.
A medida, se aprovada, vai prejudicar cerca de 380 mil crianças que estudam nas escolas mantidas pelas Apaes e Pestalozzi com acompanhamento psicológico, pedagógico e fisioterápico.
- É uma arbitrariedade e um retrocesso o que estão propondo. Onde vão colocar essas crianças e qual a qualidade de ensino que irão oferecer a elas. As escolas das mais de 5.500 cidades brasileiras estão preparadas para receber essas crianças? Quem propõe isso, com sinceridade desconhece a realidade do ensino no país. Todos queremos a inclusão com qualidade no ensino, mas sem imposição, para que as crianças possam realmente aprender e se incluir na sociedade – critica a presidente da Pestalozzi de Niterói, Lizair Guarino.
O senador Flávio Arns (PT/PR) criticou a medida e assinou manifesto destacando que, “ao arrepio do que vem acontecendo no Brasil e no mundo em termos de educação especial, a referida Política Nacional desconsidera e desvaloriza iniciativas que, ao longo dos anos, vêm suprindo a carência do Estado na área. As entidades como Apaes e Pestalozzis, escolas de surdos, cegos, autistas, paralisados cerebrais, entre outras deficiências, vêm desenvolvendo um excelente trabalho na oferta de educação especial a milhares de brasileiros”, afirmou o senador.
Para Arns, a iniciativa proposta pelo MEC fará com que crianças e jovens portadores de deficiência em mais de 3.500 cidades brasileiras que ainda não possuem escolas especiais sem qualquer atendimento nessa área. “Isso é negar o direito à educação, pois as necessidades educacionais de um percentual significativo de alunos com deficiência demandam de um atendimento especializado”, considera ele.
Lizair Guarino que presidiu o Conselho Nacional de Educação Especial, o qual deu origem a Secretaria Nacional de Educação Especial, critica a falta de diálogo com as instituições que trabalham com pessoas portadoras de deficiência. “O movimento pestalozziano está no Brasil há oito décadas, com um histórico importantíssimo na educação especial, inclusive no estímulo de criação do movimento apaeano e em propostas de inclusão do portador de deficiência na sociedade. Mesmo com toda essa experiência, fomos alijados do processo. Aliás, nunca vi um trabalho de inclusão como esse em qualquer país do mundo, feito de cima para baixo”, acusa.
Juntamente com Arns, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que como o senador é membro da Subcomissão de Assuntos da Pessoa com Deficiência, está colhendo assinaturas de outros parlamentares para barrar parte do projeto proposto pelo MEC.
Também a senadora Marisa Serrano (PSDB/MS) se mostrou contrária à iniciativa do governo federal. “Em vez de ir contra entidades como a Apae e a Pestalozzi, o MEC deveria propor alternativas sem tentar acabar com o trabalho que a sociedade já faz e bem. Desvalorizar, desprestigiar e desqualificar essas entidades é um crime cometido por pessoa que não entendem da área”, afirma Marisa Serrano.
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