13.2.08

"Heroísmo sem Limites" na TV Brasil

Livro publicado pelo IBDD é destaque neste ano de Paraolimpíadas.

(Clique aqui e veja a reportagem do Programa Especial de 05/02/2008 no site do IBDD)

Transcrição:

Juliana Coutinho – “Heroísmo sem Limites” é um livro produzido pelo IBDD, Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, uma justa homenagem do instituto aos seus atletas.

Andrei Bastos – Meu nome é Andrei Bastos, eu sou jornalista e responsável pela comunicação do IBDD. Para falar sobre esse livro, eu preciso contar rapidamente o que é o IBDD. É o Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que já nasceu como uma instituição diferente, como o próprio nome diz, com foco nos direitos da pessoa com deficiência.

Desde o seu primeiro momento essa instituição encarou a questão da pessoa com deficiência como uma questão de direito. O IBDD, que tem entre as suas áreas de atuação a prática esportiva, dedica desde o inicio uma atenção especial aos seus paratletas. O instituto resolveu homenagear esse conjunto de atletas com este livro, chamado “Heroísmo Sem Limites”, que é um belo projeto visual do Victor Burton, com os perfis dos atletas como o do Caco, que é um campeão olímpico da natação, um grande atleta, e outros, como os corredores, o pessoal do futebol de sete. Enfim, é um livro que pretende conquistar as pessoas pela qualidade do seu texto, que não precisa de maiores apresentações, basta o nome do nosso querido João Máximo.

É um time de primeira, porque a intenção do IBDD foi exatamente essa, contribuir para o fim da invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade brasileira, trazendo para um primeiro plano, para um pódio que é representado por esse livro e por essa idéia gráfica, que representa uma medalha de ouro em última análise, trazer para esse primeiro plano esses atletas com deficiência e, junto com eles, toda a questão da pessoa com deficiência.

João Máximo – Meu nome é João Máximo e eu sou jornalista, apenas um jornalista. Fui convidado para participar deste livro que o IBDD está lançando intitulado “Heroísmo sem Limites”, e eu não vou falar muito do livro não, porque eu acho que os livros falam por si mesmos, quer dizer, o conteúdo desse livro nada, nem ninguém, vai explicar melhor do que o próprio livro.

Eu vou falar da minha experiência pessoal, que, aliás, eu pensei que fosse ser só minha e não é só minha. Ela é a experiência das quatro pessoas envolvidas na feitura desse livro. O designer Victor Burton, que é talvez o maior designer de livros do Brasil. O fotógrafo Rogério Reis, excelente fotógrafo, e o repórter Rogério Daflon, talvez de nós quatro fosse o único que tivesse alguma experiência com o chamado paradesporto. O que mais me impressionou foi o envolvimento emocional destas quatro pessoas na feitura deste livro. Eu por exemplo, sou obrigado a confessar que a minha experiência com o paradesporto era nenhuma, absolutamente nenhuma, embora eu seja um jornalista experiente na área de esporte, eu tenho quase quarenta anos de jornalismo esportivo. E na verdade não conhecia nada, absolutamente nada do paradesporto. E eu fui aprender no meu curto contato com o IBDD que esse é um universo extremamente rico. Uma nova... Uma nova não, mas uma diferente modalidade de esporte, que tem suas características, suas propriedades e seu próprio espírito.

Luiz Cláudio Pereira – Meu nome é Luiz Cláudio Pereira, sou assessor da superintendência do IBDD e eu tenho um prazer muito grande com o lançamento desse livro, contar a minha história de forma escrita aquilo que a gente vem realizando ao longo da nossa vida. Porque para a pessoa portadora de deficiência é uma história belíssima, a construção no seu dia-a-dia, a construção política do seu segmento

Luiz – Então, o esporte para nós foi uma vitrine que o segmento, as pessoas com deficiência, encontrou para traduzir em poucas palavras a potencialidade da pessoa com deficiência. É um ser comum como todos os outros, mas que vive à margem e a gente precisa reclamar, porque cidadão a gente é desde sempre, mas a gente fica o tempo todo, a sociedade nos negando esse espaço. E esse livro vem para garantir a visibilidade, vai mover muitas outras pessoas

Luiz – Eu era lutador de judô, sofri um acidente e tinha como diagnóstico uma tetraplegia e prognóstico uma vida vegetativa. E eu transformei esse não, que seria a impossibilidade, em possibilidade. E a partir de 1982, já recém-saído do centro de reabilitação fiquei internado por dois anos, fui fazer atletismo. E conheci 27 países, ganhei nove medalhas paraolímpicas, sendo seis medalhas de ouro. Fui à Paraolimpíada de Barcelona, fui a Seul, fui aos Estados Unidos, é uma história de conquistas, de muitas dificuldades, mas também uma história de vitória. E por isso que eu acho que esse livro, ele é um grande presente porque a gente traz pessoas formadoras de opinião, que não conheciam esse segmento da sociedade, para se engajar, ser sujeito participante e transformar tudo isso numa caminhada - uma caminhada única onde não tem vencedores, nem perdedores, mas tem pessoas que querem construir. Então, isso é o espírito do livro. É a nossa história que a gente veio realizando, construindo todos os dias, mas que ninguém contava. E agora o início dela começa a ser contado pelo IBDD.

Luiz – A informação acho que é o maior elemento para que possa diminuir ou eliminar definitivamente o preconceito. O livro, ele veio para dizer qual é o potencial. O portador de deficiência não é nenhum “Super-Homem”, ele não é mais, ele não é menos. Ele tem uma dosagem, ele tem uma medida, que é a medida de todo ser humano. Então o livro veio para ajudar as pessoas a perceber que existem pessoas que, como no mundo ninguém é igual, ele também não é igual, mas tem os seus valores e esses valores que a gente está querendo colocar para a sociedade

Andrei – Quem quiser saber mais sobre o livro “Heroísmo Sem Limites” pode ligar para 0xx21 3235-9290, mandar um e-mail para ibdd@ibdd.org.br ou, se quiser nos dar o prazer de uma visita virtual, pode ir até o nosso site www.ibdd.org.br

Juliana – O Programa Especial de hoje termina aqui. Nós voltamos na semana que vem com mais reportagens para você. Eu te espero

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