A ópera e seus fatos pitorescos
CASSIANO FERNANDEZ
Quando um leigo se depara pela primeira vez, mesmo que por acaso, ouvindo uma ária famosa, com o belíssimo movimento musical, geralmente qual seria sua reação? Torcer o nariz e, se for um soprano que estiver cantando, completaria o “quadro” exclamando: “Nossa! Como essa mulher grita!” O problema é que o “grito” na verdade trata-se de emissão de notas musicais através do uso vocal.
Aos grandes críticos do assunto, incomoda esse tipo de comentário por parte dos leigos.
Mas que obrigação têm os leigos, partindo do princípio de que são exatamente isso, de entender algo sobre o referido assunto? Para entender e gostar de ópera, ao contrário do que erroneamente se pensa, não é necessário ter-se uma educação musical eruditíssima, ter sido “criado” dentro de um teatro lírico ou de um conservatório, e sim é necessário apenas que se tenha gosto pela música, pois é a partir daí que pode se formar o requerido conhecimento para que atuais leigos tornem-se grandes críticos no futuro.
Outro fato jocoso dentre os muitos que envolvem a ópera é a capacidade que a mesma tem de ser repelente às classes populares. Mas a que isso se deve? Será que a educação no Brasil é precária ou as artes líricas foram realmente feitas para as elites?
É com base nessas perguntas que acho que se deveria fazer uma pesquisa sobre o que é a ópera para a maioria dos brasileiros e, baseando-se nos resultados da mesma, obter respostas para mais duas perguntas: O brasileiro em geral não gosta desse tipo de expressão musical? Ou nunca foi devidamente estimulado por uma possível falha na formação? Para então, no fim da pesquisa, já com os resultados nas mãos, ser possível achar um modo de derrubar o enorme e secular tabu em que a referida arte está envolta.
Fonte: http://www.ibdd.org.br/ (artigos)
Quando um leigo se depara pela primeira vez, mesmo que por acaso, ouvindo uma ária famosa, com o belíssimo movimento musical, geralmente qual seria sua reação? Torcer o nariz e, se for um soprano que estiver cantando, completaria o “quadro” exclamando: “Nossa! Como essa mulher grita!” O problema é que o “grito” na verdade trata-se de emissão de notas musicais através do uso vocal.
Aos grandes críticos do assunto, incomoda esse tipo de comentário por parte dos leigos.
Mas que obrigação têm os leigos, partindo do princípio de que são exatamente isso, de entender algo sobre o referido assunto? Para entender e gostar de ópera, ao contrário do que erroneamente se pensa, não é necessário ter-se uma educação musical eruditíssima, ter sido “criado” dentro de um teatro lírico ou de um conservatório, e sim é necessário apenas que se tenha gosto pela música, pois é a partir daí que pode se formar o requerido conhecimento para que atuais leigos tornem-se grandes críticos no futuro.
Outro fato jocoso dentre os muitos que envolvem a ópera é a capacidade que a mesma tem de ser repelente às classes populares. Mas a que isso se deve? Será que a educação no Brasil é precária ou as artes líricas foram realmente feitas para as elites?
É com base nessas perguntas que acho que se deveria fazer uma pesquisa sobre o que é a ópera para a maioria dos brasileiros e, baseando-se nos resultados da mesma, obter respostas para mais duas perguntas: O brasileiro em geral não gosta desse tipo de expressão musical? Ou nunca foi devidamente estimulado por uma possível falha na formação? Para então, no fim da pesquisa, já com os resultados nas mãos, ser possível achar um modo de derrubar o enorme e secular tabu em que a referida arte está envolta.
Fonte: http://www.ibdd.org.br/ (artigos)
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