30.4.09

Cotas também para deficientes

UM CASO DE DEFICIÊNCIA MORAL:

O Globo Online, Blog do Noblat, 30/04/2009:

DEU EM O GLOBO
Cotas também para deficientes

De Bernardo Mello Franco:

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou ontem a criação de uma cota de 10% de vagas para deficientes físicos em instituições públicas de ensino médio e superior. O projeto teve adesão de todos os partidos: dos 61 deputados aptos a votar, só dois foram contrários.

O texto ainda precisa ser aprovado no Senado para virar lei, mas já abriu uma nova polêmica no debate sobre a reserva de vagas na educação. O Senado discute a criação de uma cota de 50% das vagas em universidades federais para alunos negros, pobres e formados em escolas públicas.

Em tese, a nova reserva para deficientes poderá ser somada a esse percentual, deixando apenas 40% das vagas para os demais estudantes.

Relator do projeto aprovado ontem, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) argumentou que a cota para deficientes é mais eficiente do que as outras, para pobres e negros.

- É uma proposta mais justa do que a de cotas raciais, porque vai corrigir uma desigualdade visível, sem abrir espaço para critérios subjetivos - alegou ele.

Segundo Efraim, ainda é preciso decidir se a nova cota será ou não cumulativa com as outras em debate:

- A divisão das vagas vai depender do bom senso, porque há deficientes que também se enquadram nos critérios de renda e etnia. Mas um aluno cego não disputa o vestibular em igualdade com outro que enxergue, mesmo que os dois tenham recebido a mesma formação escolar.

Na contramão do colega, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), fez duras críticas à aprovação da cota para deficientes:

- É inconcebível. Estamos jogando no lixo a ideia de se vencer na vida pelo mérito. Defendo que o Estado só dê esse tipo de empurrão para os mais pobres. Por que os deficientes ricos também precisariam de reserva de vagas? Será que vamos chegar ao estado da Índia, que tem cotas até para eunucos?

Leia mais em O Globo

***

Leia também:

Estatuto do coitadinho

29.4.09

Desenrolando a Serpentina 2009


28.4.09

Acessibilidade e turismo no Jornal Visual da TV Brasil

Para assistir a reportagem sobre acessibilidade e turismo do Jornal Visual da TV Brasil, em que apareço e sou entrevistado, clique aqui.

27.4.09

I Seminário de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho


Hoje, às 12h25m, acessibilidade e turismo no Jornal Visual da TV Brasil

Hoje, às 12h25m, o Jornal Visual da TV Brasil vai apresentar uma reportagem sobre acessibilidade e turismo em que apareço e sou entrevistado.

Clique aqui para assistir online.

Não perca!

25.4.09

Amores em Alguém - Fábio Cassiano


“Deixem de comer uma pizza hoje e comprem o livro desse incrível poeta. O custo é de R$ 19,90 + frete. Enviem um email para fabiocof@hotmail.com e sigam as orientações dele para o pagamento.”

Jairo Marques

(Clique aqui e saiba mais sobre este “incrível poeta”)

24.4.09

Acessibilidade e turismo no Jornal Visual da TV Brasil

Segunda-feira, dia 27, às 12h25m, o Jornal Visual da TV Brasil vai apresentar uma reportagem sobre acessibilidade e turismo em que apareço e sou entrevistado.

Não perca!

Na briga Gilmar x Barbosa, a democracia está em jogo

MILTON COELHO DA GRAÇA

A discussão desta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa nos deixa ao mesmo tempo orgulhosos – porque a democracia avança, com a televisão expondo as entranhas de uma Justiça organizada durante séculos para proteger o Poder – e, ao mesmo tempo, temerosos – porque Joaquim Barbosa tem toda a razão ao afirmar que Gilmar Mendes vem colaborando para “destruir a credibilidade da Justiça”.

Tenho não só respeito institucional mas também pessoal pelo Supremo. Em novembro de 1964, eu já estava há oito meses em prisão militar e sem qualquer processo., inclusive com o aval de um Superior Tribunal Militar fajuto, onde cabia até um general orgulhosamente autodenominado de “vaca fardada”. O ministro Hermes Lima convenceu seus pares a me conceder habeas corpus por unanimidade. Fui imediatamente libertado.

Pouco depois, Hermes Lima seria cassado, juntamente com Vitor Nunes Leal e Evandro Lins e Silva. A ditadura militar não suportava a idéia de um Supremo com três ministros mais fiéis à Justiça do que às imposições sempre insaciáveis do Poder.

Desde as Ordenações Reais de D. Manuel, a Lei no Brasil foi manifestação de quem manda, cabendo a quem tem juízo simplesmente obedecer. As Constituições de 1946 e 1988 foram os primeiros esforços para a construção de uma sociedade de cidadãos iguais, mas ainda garantidoras de amplos privilégios e interesses. Não esqueçamos que as revoluções americana e francesa criaram o Tribunal do Júri, por descrença na justiça togada.

A própria indicação de juízes para nossos tribunais supremos demonstra a famosa preocupação do príncipe di Salina, no livro “O Leopardo”, de Giuseppe Tomasi: “É preciso mudar sempre para que tudo continue como está”.

Honra seja feita, Lula foi o Presidente que mais usou a caneta para tornar o Supremo representativo da vontade de toda a Nação, inclusive com a glória de ter indicado o primeiro ministro negro em nossa História. Mas também indicou o superconservador Carlos Alberto Direito, debaixo de forte pressão política e religiosa.

Voltemos à saudável discussão entre Gilmar e Barbosa, que a mídia levou a pelo menos dois terços dos brasileiros. Gilmar Mendes deu a mais espantosa demonstração de autoritarismo e desprezo pelo sistema de pesos e contrapesos - dogma no controle democrático das autoridades – ao assumir a presidência do Conselho Nacional de Justiça, exatamente o órgão de controle do Judiciário. No fundo, é o mesmo falso tipo de controle existente nas duas casas do Congresso: as Comissões de Ética, sempre fingindo não entender a diferença entre falta de decoro e crime. 261 deputados, por exemplo, acharam bonitinho presentear com passagens aéreas esposas, filhos, sogras e até parceiros de biriba, “porque isso não é ilegal”. Eles mesmos aprovaram esse “direito” e, portanto, não acham que isso seja comportamento indigno de um suposto representante do povo.

A acusação maior de Gilmar a Barbosa é a de que ele pratica “populismo judicial”, que só consigo traduzir como a prática de conquistar o apoio do povo a decisões da Justiça. E isso está errado, ministro Gilmar Mendes?

(Saiba mais)

23.4.09

Conferência Nacional de Educação

SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Jornal da Ciência, JC e-mail 3746, 22/04/2009:

Conferência Nacional de Educação: desafio de articular ações das três esferas de governo

Acontece nesta quinta-feira, 23 de abril, em Brasília, o lançamento oficial da Conferência Nacional da Educação (Conae), a ser realizada no próximo ano.

Daniela Oliveira escreve para o “Jornal da Ciência”:

Coordenada pelo Ministério da Educação (MEC), com a participação de diversos segmentos da sociedade – incluindo a SBPC –, a iniciativa pretende, entre outros objetivos, elaborar diretrizes para a construção de um Sistema Nacional Articulado de Educação, que promova a efetiva cooperação entre os âmbitos federal, estadual e municipal, em favor da melhoria da qualidade da educação brasileira, desde a pré-escola até a pós-graduação.

A ideia é que a conferência seja um espaço social de discussão da educação brasileira, articulando os diferentes agentes institucionais, da sociedade civil e dos governos, em favor da construção de um projeto nacional de educação e de uma política de Estado.

Além de buscar elaborar conceitos, diretrizes e estratégias nacionais para a efetivação do Sistema Nacional Articulado de Educação, a Conferência Nacional da Educação (Conae) tem também por objetivos: integrar todos os níveis, etapas e modalidades da educação escolar em uma abordagem sistêmica; instalar o processo de institucionalização do Fórum Nacional de Educação; propor reformulações necessárias para que o planejamento de ações articuladas entre a União, os estados e Distrito Federal e os municípios se torne a estratégia de implementação do Plano Nacional de Educação; indicar as condições para a definição de políticas educacionais que promovam a inclusão social e valorizem a diversidade; definir diretrizes para orientar a avaliação e a qualificação do processo de ensino e aprendizagem.

A Conae será precedida por conferências municipais ou intermunicipais, que acontecem até o mês de junho, e conferências estaduais e do Distrito Federal, que serão realizadas até novembro. Esses debates deverão ser orientados por um Documento Referência (clique aqui para obter o documento) elaborado pela Comissão Organizadora Nacional da Conae, instituída em setembro do ano passado.

As propostas votadas e aprovadas nas etapas distrital e estadual comporão o Documento-Base da Conae, que será discutido durante o evento e poderá sofrer supressão (parcial ou total), adição ou substituição do texto. O Documento Final, com as deliberações da Conae, será a referência prioritária na construção do Sistema Nacional Articulado de Educação e nos encaminhamentos relativos ao Plano Nacional de Educação.

A expectativa da organização é reunir entre 2,5 mil e 3 mil representantes da sociedade civil, agentes públicos, entidades de classe, professores, gestores, estudantes e pais/mães (ou responsáveis) de alunos –que atuarão como delegados na conferência e terão poder de voto das propostas – além de cerca de 400 convidados. Os delegados serão indicados durante as conferências estaduais, dentre aqueles que participaram dos eventos municipais.

“Educação como um todo”

Os debates previstos na Conferência terão como tema central “Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação, diretrizes e estratégias de ação”.

As discussões serão organizadas em torno de seis eixos temáticos: Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar; Papel do Estado na Garantia do Direito à educação: Organização e Regulação da Educação Nacional; Qualidade e Avaliação da Educação Nacional; Formação e Valorização dos Trabalhadores em Educação; Financiamento da Educação, Gestão Democrática e Fortalecimento Institucional das Escolas e dos Sistemas de Ensino; Justiça Social e Educação: Inclusão, Diversidade e Promoção da Igualdade Social.

“Nossa pretensão é fazer uma discussão sobre o Sistema Nacional de Educação de forma articulada, e determinar que diretrizes a sociedade brasileira, não só o MEC, deve considerar para a construção desse sistema”, explica Francisco das Chagas Fernandes, secretário executivo adjunto do MEC e coordenador da Comissão Organizadora Nacional da Conae.

Ele ressalta, no entanto, que não se trata de um sistema único, tal como o que existe na Saúde. “Quando falamos em sistema articulado não queremos dizer um sistema único de Educação. As pessoas acham que estamos tratando da mesma coisa que é o SUS [Sistema Único de Saúde], mas não é isso. Trata-se de um sistema articulado, em que haja uma cooperação entre União, estados e municípios para desenvolver a educação brasileira”, afirma.

A programação inclui 52 colóquios, divididos nos seis eixos temáticos, dos quais participarão os delegados e especialistas convidados para debater cada um dos temas, além de cerca de 50 mesas de discussão. Em seguida serão realizadas seis plenárias (para cada um dos eixos temáticos), antes da plenária final, para definir as diretrizes da conferência, que constarão do Documento Final.

Para Chagas, a importância da Conae é ser uma instância que discuta a “educação como um todo, com a participação de todos”. “Queremos que o setor educacional tenha essa instância que possa, de tempos em tempos, fazer uma discussão sobre as diretrizes para a educação nacional. Hoje não temos isso no país”, ressalta.

Representação

A Comissão Organizadora da Conae reúne representantes das secretarias do MEC (Executiva Adjunta, Educação Básica, Educação Superior, Educação Especial, Educação a Distância, Educação Profissional e Tecnológica, Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade); da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado; da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados; do Conselho Nacional de Educação (CNE); de entidades dos dirigentes estaduais, municipais e federais da educação e de entidades que atuam direta ou indiretamente na área da educação: entidades estudantis, de pais, comunidade científica (representada pela SBPC), movimentos sociais, centrais sindicais e confederações de empresários.

Para o representante da SBPC na Conae, Nelson Maculan, a conferência tem grande importância por ser inédita no formato e na amplitude, englobando discussões que vão desde a creche até o pós-doutorado.

“O país ainda tem uma educação básica muito ruim. E mesmo a pós-graduação, que é boa, alcança pouca gente. É preciso discutir um pacto federativo em favor da educação, no qual seja revisto o papel dos prefeitos e dos governadores. Aqui no Brasil joga-se tudo em cima de Brasília, como se o governo federal fosse o culpado de tudo, e não é verdade. As prefeituras e governos estaduais têm que se responsabilizar pela educação básica”, observa.

O professor da Coppe/UFRJ explica que, como representante da comunidade científica, defende a ideia de união entre educação e pesquisa. Ele alerta para a baixa representação de professores e pesquisadores nas reuniões preparatórias para a conferência.

“Acho muito importante ter mais presença de professores e pesquisadores, porque há um esquecimento da educação superior nessas discussões. Todos os níveis são importantes, a educação é sistêmica. É fundamental a representação de todos”, avalia Maculan. Segundo ele, a SBPC indicou representantes para as comissões que organizam as conferências municipais/intermunicipais e estaduais.

Saiba mais - Outras informações sobre a Conae e as conferências municipais/intermunicipais e estaduais podem ser obtidas no site
http://portal.mec.gov.br/conae/index.php.

Nota da redação: Esta matéria foi publicada na edição 642 do “Jornal da Ciência”, que tem conteúdo exclusivo. Informações sobre como assinar a edição impressa pelos fones (21) 2295-6198 e 2295-5284 ou e-mail jciencia@alternex.com.br

22.4.09

Deu no OABRJ Online

OABRJ Online, 22/04/2009:

O integrante da CDH da OAB/RJ e jornalista, Andrei Bastos, é entrevistado na TV Brasil

Da Tribuna do Advogado

22/04/09 - No dia 17 de abril, o Jornal Visual da TV Brasil entrevistou o jornalista Andrei Bastos, integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, sobre as crianças com deficiência e sobre o projeto do Plano Nacional pela Primeira Infância.

Levando em consideração a importância do desenvolvimento nos primeiros anos de vida de uma criança, o Plano Nacional pela Primeira Infância visa estabelecer um plano de ação com metas e estratégias definidas para assegurar as condições necessárias para tal desenvolvimento, não limitando-se apenas às leis da infância. O projeto tem como objetivo, também, sugerir a integração entre as várias políticas e programas dirigidos à Primeira Infância.

Assista aqui toda a entrevista.

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Clique aqui para download da entrevista.

Clique aqui para download do Plano com as minhas observações.

A Inclusão Social das Pessoas com Deficiência no Brasil: como multiplicar esse direito

A CORDE – Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, o Instituo Paradigma e o Instituto do Legislativo Paulista convidam para o evento de lançamento do Guia para Multiplicadores pelo Direito as Pessoas com Deficiência, com objetivo de disseminar conceitos e informações sobre o tema.

Data: 12 de Maio de 2009 - Terça Feira
Horário: das 08h30 às 12h00
Local: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
Endereço: Av Pedro Álvares Cabral, 51
Auditório: André Franco Montoro

Inscrições gratuitas
Por telefone: 11-5090-0075 , com Valdinéia ou por e-mail - instituto@iparadigma.org.br

Programação:

08h30 às 9h00 – Welcome Coffee: Credenciamento e distribuição da publicação “A Inclusão Social da Pessoa com Deficiência no Brasil – Como Multiplicar este Direito.

09h00 às 09h20 - Abertura
Dra. Luiza Russo - Presidente do Instituto Paradigma
Deputado Estadual Barros Munhoz - Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

09h20 às 10h10 - As conquistas no cenário da inclusão social das pessoas com deficiência no Brasil e os desafios na disseminação e garantia de seus direitos.
CORDE - Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
Apresentação do projeto e metodologia do curso de formação de multiplicadores dos direitos das pessoas com deficiência.
Sra. Luiza Russo Presidente do Instituto Paradigma.

10h10 às 10h30 - Apresentação do Resultado da Pesquisa sobre o Acesso a Pessoa com deficiência às urnas eleitorais da Cidade de São Paulo
Prof. Humberto Dantas da ONG Voto Consciente

10h30 às 10h45 - Relato de Experiências: Apresentação do CD com o áudio da Constituição do Estado de São Paulo – lançamento do Instituto do Legislativo Paulista para as pessoas com deficiência visual.
Sr.Roberto Lamari - Presidente do Instituto Legislativo Paulista.

10h45 às 11h15min - Mesa Redonda: Os desafios da representação da pessoa com deficiência nas esferas políticas.

10h45 -Deputada Célia Leão

10h55 -Deputado Valdir Agnello e Presidente da Frente Parlamentar da pessoa com deficiência

11h05- Deputado Rafael Silva

11h15 -Vereadora Mara Gabrilli

11h25min – Espaço para perguntas e considerações

12h00 - encerramento

Realização: Instituto Paradigma e CORDE, Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
Apoio: Instituto Legislativo Paulista e Voto Consciente

E, a vida segue.

JACKSON VASCONCELOS

Domingo, 19 de abril, o jornal O Globo publicou no precioso espaço da primeira página, com chamada e foto, a entrevista que o repórter Chico Otávio fez com o ex-funcionário do Senador Gerson Camata (PMDB-ES), economista Marcos Vinícius Moreira de Andrade. Claramente, mais um caso de delação não premiada.

O sujeito trabalhou 19 anos com o Senador numa relação demonstrada pelo jornal como sendo de estrita confiança e confidência, que o beneficiou com nomeações e empregos bem remunerados. Mas, mesmo assim, ele resolveu, depois de demitido, denunciar o ex-patrão por desvio de dinheiro público e por outras coisas e crimes.

Chamado pelo entrevistador de “discreto economista mineiro com 56 anos”, Marcos Vinícius pintou a fisionomia de um experiente ladravaz na imagem impoluta do seu ex-chefe.

Sem maiores considerações, fico com o seguinte:

Se confirmadas as denúncias, Marcos Vinícius foi espontaneamente cúmplice e, portanto, criminoso em todos os crimes que atribui ao ex-patrão. Se não confirmadas, o sujeito é um leviano, mas também criminoso, mas do crime de calúnia e difamação. E, confirmadas ou não, ele é comprovadamente um mau-caráter e neste quesito dispensa comentários.

Seja como for, Marcos Vinicius, ex-Marcos Camata, é um pobre diabo, representante do clã dos otários, porque deveria saber, pelo historio político do povo brasileiro e pelo caminhar dos assuntos semelhantes, que o seu depoimento ou desabafo só serviu ao repórter, que sem muito trabalho, construiu uma matéria que mereceu cobiçado espaço de divulgação e garantias do bom salário que ele deve receber.

No mais, culpado ou não - no Brasil o fato já não é relevante há bastante tempo - o senador, mais tempo ou menos tempo, voltará à vida normal e se perder a eleição, com certeza, não será por isso.

Marcos Camata ou Marcos Vinícius, depois do serviço que prestou ao repórter, cairá em desgraça. E, o sujeito está apenas com 56 anos, numa sociedade que cobra vida ativa até após os setenta.

A população? Torceu o nariz quando leu a notícia, com a certeza de que não será a última, na série que a imprensa oferece quase todos os dias de exemplos de corrupção, de mau-caratismo ou de injustiças.

E, a vida segue.

20.4.09

O Plano Nacional pela Primeira Infância e as crianças com deficiência (minha entrevista)

O Jornal Visual da TV Brasil apresentou, dia 17/04, uma entrevista minha sobre as crianças com deficiência e o projeto do Plano Nacional pela Primeira Infância.

Clique aqui para assistir a entrevista no YouTube.

Clique aqui para download da entrevista.

Clique aqui para download do Plano com as minhas observações.

XVI Congresso do PPS/Rio

PROGRAMA:

Data: 9 de maio de 2009
Local: ASA - Associação Scholem Aleichem (Rua São Clemente, 155, Fundos)

1 – Credenciamento e instalação (9h às 10h)

2 – “Conjunturas mundial e nacional – a crise econômica global e seus reflexos no Brasil e no Rio” – Palestra de Sérgio Besserman (10h às 10h30m)

3 – “Conjunturas estadual e municipal e projetos para o desenvolvimento sustentado nos dois níveis de governo” – Palestra de Fernando Gabeira (10h30m às 11h)

4 – “As reformas das instituições e os partidos políticos” – Palestra de Luiz Carlos Azedo (11h às 11h30m)

5 – Debate aberto ao público (11h30m às 13h30m)

6 – Apresentação das conclusões e encerramento (13h30m às 14h30m)

***

Clique aqui para conhecer o documento “Temas para reflexão e debate”.

18.4.09

Assim Vivemos

InfoAtivo DefNet 4204, Edição Extra, 04/2009:

Festival Assim Vivemos - INSCRIÇÕES ABERTAS!

Queremos conhecer todas as novas produções! Filmes de ficção com atores com deficiência, documentários ou animações sobre pessoas com deficiência; novos personagens, idéias, abordagens, propostas e estéticas…

Leia o Regulamento, preencha a Ficha de Inscrição e envie seu filme!

www.assimvivemos.com.br

Datas:
Inscrição on-line no site: até dia 11 de maio.
Recebimento do material de seleção: até 22 de maio.

Estamos emocionados com a repercussão do Programa Assim Vivemos na TV BRASIL, que ficará em cartaz de março até agosto, sempre aos domingos, às 18h30. Cada programa também pode ser vistos durante uma semana no site! www.tvbrasil.org.br/assimvivemos

Em 2009, o Festival Assim Vivemos chega à sua quarta edição, com uma grande novidade: realizaremos o festival também em São Paulo, no Centro Cultural Banco do Brasil, nosso patrocinador e fiel parceiro. Outras cidades podem ainda receber o festival este ano, estamos trabalhando para isso!

A Produção.

Lavoro Produções Artísticas
Rua Bartolomeu Portela 50/106
Botafogo - Rio de Janeiro - Brasil
CEP: 22290-190
Tel./Fax: 21 2235 5255
Tel: 21 2235 5440
E-mail: festival2009@assimvivemos.com.br
Site: www.assimvivemos.com.br

17.4.09

O Plano Nacional pela Primeira Infância e as crianças com deficiência

Hoje, às 12h25m, o Jornal Visual da TV Brasil vai apresentar uma entrevista minha sobre o projeto do Plano Nacional pela Primeira Infância e as crianças com deficiência.

Não perca!

(Clique aqui para download do Plano com as minhas observações)

16.4.09

Comunicação e sustentabilidade no Terceiro Setor

Site da Fundação Astrojildo Pereira, 16/04/2009:

Comunicação e sustentabilidade no Terceiro Setor

ANDREI BASTOS

A cada dia, particularmente diante da atual crise global, fica mais evidente que a Comunicação não serve apenas à divulgação das atividades e à disseminação das ideias e metodologias de trabalho do Terceiro Setor. A exemplo da grande importância que ela alcançou na mídia e no mundo dos negócios, uma boa estratégia de comunicação pode levar organizações não governamentais a influírem decisivamente na formulação e encaminhamento de políticas públicas. Além disso, e na medida em que é bem-sucedida no campo da defesa de direitos, a Comunicação nos dias de hoje é peça fundamental para a sustentabilidade das organizações do Terceiro Setor. Como?

Se associamos a atual falta de credibilidade das instituições tradicionais, a ausência de lideranças suficientemente fortes diante da inexistência de rumos definidos e conhecidos para a vida no planeta e o desmoronamento do sistema financeiro, temos um ambiente extremamente receptivo para ações de comunicação que apresentem caminhos, certezas e segurança.

A despeito de que ações dessa natureza podem servir a más intenções, o que é uma possibilidade que sempre existiu e contra a qual só nos resta a vigilância, como a base que as sustenta, nas suas formulações e mensagens, é real e resultante de práticas de sucesso, embora de alcance restrito devido às limitações orçamentárias das instituições, é a boa estratégia de comunicação que pode levar o mais longe possível a mensagem de cada uma dessas instituições e do Terceiro Setor como um todo.

É verdade que esta capacidade também sempre existiu, só que prejudicada pelo pouco discernimento em relação às suas componentes e pela falta de compreensão do verdadeiro papel da Comunicação no Terceiro Setor. Hoje, independente da área de atuação de uma ONG, a Comunicação já se afirmou como atividade fim, na exata medida em que é essencial para a efetividade das ações de advocacy.

Como atividade fim de quaisquer organizações não governamentais e com papel determinante em advocacy, nada mais coerente do que a Comunicação se confundir com a captação de recursos e também ser determinante para a sustentabilidade do Terceiro Setor, promovendo a interação com seus doadores e financiadores. Colocando estes últimos no papel correto de também protagonistas, torna-os financiadores de si mesmos ao verdadeiramente abraçarem uma causa.

Crise é sempre sinônimo de oportunidade e esta que vivemos hoje, agregando a maturidade atingida pela militância das causas sociais, oferece a possibilidade concreta de as ONGs assumirem papel de vanguarda no processo necessário de reestruturação das relações humanas, sociais, econômicas, políticas e ambientais do planeta. Na questão ambiental, por exemplo, um bom número de pessoas já entendeu que não se trata de salvar o planeta, que sobreviverá à pior das catástrofes, e sim a nós, seres humanos insignificantes, que não sobrevivemos a meros furacões.

Tarefa árdua esta de convencer a maioria das pessoas de que elas são insignificantes em relação à Terra e de que precisam salvar-se e não ao planeta. Este é um dos incontáveis desafios para a Comunicação nos dias de hoje. Mãos à obra!

Amanhã, no Jornal Visual da TV Brasil

Amanhã, dia 17, o Jornal Visual da TV Brasil vai apresentar, às 12h25m, uma entrevista minha sobre o projeto do Plano Nacional pela Primeira Infância e as crianças com deficiência.

Não perca!

15.4.09

Como apertar o cinto? Acabou até a barriga

MILTON COELHO DA GRAÇA

O presidente Lula talvez não se incomode muito com os discursos e protestos da Oposição ou mesmo com as críticas da imprensa, mas certamente está preocupadíssimo com o coro dos 700 prefeitos, reunidos nesta quarta-feira no auditório do Senado, no seminário “Municípios e a crise brasileira”. O título da coluna resume a queixa unânime sobre os cortes nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios pelo governo federal, e inspirada pelo discurso do prefeito baiano Jônatas Ventura (PMDB, Barra do Rocha), que se referiu diretamente ao apelo presidencial de que todos devemos apertar o cinto para enfrentar a critse global:

“Se não tiver (sic) uma solução imediata” – afirmou Jônatas, no melhor estilo baiano – os prefeitos vão cruzar os braços. Ninguém vai pedir votos ou trabalhar para a Dilma, deputados ou senadores. Nosso discurso com esse povo tem de ser de pressão. Ou nos ajudam ou vamos parar a nação. O bicho vai pegar, e eles vão acabar se destruindo com a gente. Como o presidente Lula vem pedir para apertar o cinto? Não tem nem mais barriga, o cinto já está nas costelas. Como dividir a panela que já está vazia?”

Barra do Rocha é um município pequeno, tem cerca de 9 mil habitantes. Nada melhor para descrevê-lo como o fato de que lá se registrou um dos dois piores resultados no mais recente (2008) IDEB - Índice de Desenvolvimento de Ensino Básico entre os municípios de todo o país. 99 dos 100 piores resultados do IDEB ocorreram nas regiões Norte e Nordeste.

Mais de 99% dos municípios com menos de 10 mil habitantes não têm shopping center, cinema, livraria ou loja de discos. E só uma pequena percentagem dispõe de vídeo-locadoras ou lan houses.

O IBGE calcula que 47% da população do Nordeste são considerados pobres pelos critérios da ONU: menos de 50 reais por mês e; portanto, menos de um dólar por dia. Cerca de 200 famílias – mais de 10% da população de Barra do Rocha – recebem Bolsa Família. É um “grotão” típico, área em que o governo e o presidente Lula têm obtido os mais favoráveis índices de aprovação.

O tom de todo o seminário foi tão dramático como discurso de Jônatas e, sem a menor dúvida, foram um sinal de alarme para o presidente Lula e sua assessoria mais próxima. Até o fidelíssimo Severino Cavalcanti – que teve o mandato cassado por tomar gorjeta do concessionário do restaurante da Câmara Federal, quando era presidente da Casa – entrou no coro do choro:

“Estou aqui e falo porque sou fã do presidente Lula. Ele tem de fazer alguma coisa e rápido, para que não aconteça isso aí, que nem ele nem ninguém esperava. Se a gente cair, cai tudo, até ele e Dilma.”

O problema dos municípios – especialmente os pequenos – é grave, mas não muito difícil de resolver. Embora a solução deva ser parte de todo um projeto de enfrentamento da crise e não na base do corre-corre e para atender só onde está doendo mais agora.

Tudo tende a se agravar se a ambulância se tornar a única saída para cuidar da doença. Montadoras puxam para cá, outras indústrias puxam para lá, os banqueiros seguram as pontas, funcionários não querem pagar a conta que não consumiram, militares querem aviões e outras armas mesmo sem inimigos à vista etc. etc. O presidente pode ouvir todo mundo, mas, na hora certa, vai ter de fechar a porta e assumir sozinho a responsabilidade final. Como deve ser no regime presidencialista, no mesmo jeito do Obama – ele deve ser “o cara” para Lula.

***

“Penso que o defeito fatal de uma porção de gente na política é que eles querem ser amados.”

Governador Mark Sanford, do estado americano de Carolina do Sul.

***

FIDEL E NESTLÉ DEFENDEM ÁGUA CONTRA O ETANOL

Quem diria? Fidel Castro e o presidente mundial da multinacional Nestlé têm a mesma opinião – totalmente contrária – ao desenvolvimento do etanol. Ambos afirmam que defender os mananciais de água tem prioridade absoluta para o desenvolvimento sustentável e o aumento da produção de cana-de-açúcar aumentárá muito o consumo de água: um litro de combustível exige 9,1 mil litros de água.

***

A Fundação Getúlio Vargas criou o IDSE – Indicador de Desenvolvimento Síco-Econômico –, um aperfeiçoamento do IDH (índice de desenvolvimento humano), medido pela Organização das Nações Unidas, baseado em apenas três fatores: renda, expectativa de vida e educação. A FGV usa 36 variáveis e, para começar, fez um estudo sobre a situação dos 27 estados da nossa federação, comparando os números mais atuais (2007) com os de 2001.

Nada de surpreendente na cabeça da lista, São Paulo era e continua o ser pelo IDSE o mais avançado. Na verdade, todos os estados brasileiros avançaram nesses sete anos. A tartaruga do time brasileiro, amigos leitores, não é Piauí e nem sequer está no nordeste. Tinha 65.2 pontos em 2001 – juntinho com Minas Gerais – mas agora caiu para 60,4.

E isso apesar de uma representação poderosa no Parlamento. Tem proporcionalmente mais representantes do que São Paulo, Rio, Minas ou Goiás, e o time é capitaneado pelo próprio presidente do Senado, José Sarney, maranhense que emigrou lá para cima só com o título eleitoral. Os amapaenses certamente preferiram Sarney a qualquer outro nascido no estado, pensando que o ex-presidente e o político mais resiliente do país daria um jeito e tornaria o progresso mais rápido. Agora, o que pode fazer o pobre Amapá?

14.4.09

Pessoas com deficiência e acesso a serviços educativos na América Latina

InfoAtivo DefNet, Abril de 2009, Edição Extra:

Este lançamento espanhol é resultante de uma pesquisa, que também foi difundida pelo DEFNET, e é dirigido a todos os implicados na defesa da educação como um direito humano fundamental, tendo participação de vários países da América Latina. A sua difusão é um esforço para que possamos realmente qualificar e aprimorar os processos de acesso à educação e à escola em toda a América Latina e, em especial, em nosso país.

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Já está disponível em PDF o livro “PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACESSO A SERVIÇOS EDUCATIVOS NA AMÉRICA LATINA. BREVE ANÁLISE DE SUA ATUALIDADE” (na INTERNET). Esta obra foi dirigida por Pilar Samaniego de Garcia. Trata-se do número 39 da Coleção CERMI.Es. Este estudo foi promovido pelo Ministério da Educação, Politica Social e Esportes da Espanha, do CERMI Estatal e a FOAL.

O acesso à educação nos países latinoamericanos pelas pessoas com deficiência é objeto de análise de um livro editado pelo CERMI (Comitê Espanhol de Representantes das Pessoas com Deficiência).

O livro, pertencente à coleção Cermi.es é uma obra de vários autores e foi coordenado por Pilar Samaniego de Garcia, que nos explica na introdução que este estudo é uma tarefa realizada do Ministério da Educação, Política Social e Esportes da Espanha, do Cermi Estatal e da Fundação ONCE para América Latina (FOAL).

Segundo Samaniego, estamos em um momento conjuntural politicamente propício para se realizar esta investigação, pois já entrou em vigor a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assim como a proposta subscrita pelos ministros latinoamericanos de Educação que se reuniram em El Salvador (maio de 2008), denominada “Metas Educativas 2021: a educação que queremos para a geração dos Bicentenários”.

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http://boletin.cermi.es:80/noticia.aspx?noticia=260&a=0

para ACESSAR E BAIXAR OS DOCUMENTOS - vide COLEÇÃO CERMI (com outros importantes documentos em espanhol no campo das pessoas com deficiência).

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Querido JORGE:

A ti gracias por la calidad y generosidad de tus expresiones!!

En cuanto al link para acceder a la publicación en pdf es mejor ingresar primero a la web del CERMI donde está la noticia y desde allí bajar los documentos, http://boletin.cermi.es/noticia.aspx?noticia=260&a=0

Inmediatamente copio tu inquietud al CERMI porque ciertamente sería necesario disponer de información en portugués. Te estoy muy agradecida por la información que gentilmente me haces llegar y valoro grandemente el esfuerzo, tiempo, entrega y compromiso que implica.

Un abrazo,

Pilar

12.4.09

The Beatles - vídeos

Inclusão sexual…

O Globo, Ancelmo Gois, 12/04/2009:

Inclusão sexual…

Por falar em nheco-nheco, a Assembleia da Bahia analisa projeto que obriga os motéis a oferecer aos seus usuários cardápios e informações em braile.

Sabe como é. O camarada não enxerga, mas também, digamos, tem fome.

10.4.09

Relato do III Seminário Internacional de Educação Inclusiva

Agência Inclusive, 08/04/2009:

Relato do III Seminário Internacional de Educação Inclusiva

Reproduzimos abaixo o relato de uma participante do III Seminário Internacional de Educação Inclusiva, que ocorreu simultaneamente à VIII REATECH.

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Querida Pat e demais colegas

Como sei que nem todos conseguiram investir 250 reais para participar do III Seminário Internacional de Educação Inclusiva (SEMINEDI), resolvi compartilhar com vocês alguns trechos das palestras que assisti. Irei começar com a palestra do Professor Alexander Wayne Mackay do Canadá, grande sugestão da Pat Almeida aos organizadores do evento. Peço desculpas pelo relato não ter ficado primoroso como a fala do palestrante, mas é o que consegui entender e transcrever durante a apresentação. Talvez algum jornalista presente já tenha enviado a transcrição dessa palestra que, com certeza, estará melhor que essa, mas como não tenho essa informação, me atrevi a escrever.

(Saiba mais)

8.4.09

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

MILTON COELHO DA GRAÇA

O dilema dos países mais desenvolvidos é esse: se adotarem uma forte política de estímulos – como querem Estados Unidos, Reino Unido e Japão – um dos riscos seria a volta da inflação e o outro seria a desvalorização do dólar e conseqüente perda de confiança dos investidores em aceitá-lo como moeda de referência internacional; se os estímulos forem homeopáticos e a ênfase recair em mais regulamentação do mercado financeiro em geral – como quer a União Européia - o risco seria a maior demora para o retorno do vigor anterior das linhas de financiamento. Os 13 participantes emergentes, com destaque para os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) dão apenas palpites nessa reunião do G-20, que termina hoje em Londres, não têm poder suficiente para impor um caminho.

Só a China, montada em cima de reservas superiores a 2 trilhões de dólares, soltou a idéia que poderá se tornar a jóia única da unidade neste encontro, convocado com a intenção de montar um programa completo de enfrentamento da crise - a substituição do dólar por uma nova moeda de referência internacional - assim mesmo se Barack Obama aceitar que o bom para o resto do mundo pode ser também para os Estados Unidos.

Neste debate sem fim sobre razões e saídas da crise, ninguém sequer menciona a teoria de Marx sobre valor, que, para ele, era “a quantidade de trabalho socialmente necessário para se produzir determinada mercadoria”.

Para os economistas liberais, valor e preço são a mesma coisa e determinados pelo mercado. Mas, quando se afirma que trilhões foram perdidos em ações, títulos, imóveis etc., é preciso lembrar que nenhuma fábrica, nenhum imóvel desapareceu. Os PREÇOS das ações, títulos, imóveis etc. é que caíram estrondosamente.

Deixemos o papo teórico de lado. O Japão, nos últimos dez anos, fez pelo menos cinco planos de estímulos fiscais e financeiros. E não conseguiu resolver o problema da estagnação econômica, aparentemente porque usou mal o dinheiro, beneficiando apenas grandes grupos amigos do poder. O presidente Lula precisa se lembrar disso quando o BNDES montar grandes esquemas de financiamento para as empresas globais brasileiras ou as globais estrangeiras aqui instaladas, como as montadoras. Temos de pensar primeiro em medidas favoráveis às pequenas e médias empresas – como o Banco Central já fez, com uma linha especial de crédito, embora ainda pequena, para esse fim.

Em outras páginas o leitor encontrará as decisões tomadas em Londres. Deveremos ter o consenso possível entre as posições de EUA e Europa, e a intenção de envolver os países emergentes no fortalecimento de instituições internacionais etc. Mas as questões centrais são ideológicas e Londres ainda não terá respostas para elas:

O capitalismo moderno, com uns 300 trilhões de dólares entesourados em papéis de variados tipos, e num mundo em que a comunicação tornou-se imediata, pode crescer ou até sobreviver sob um maior controle do Estado? Será possível ao dólar continuar confiável como moeda de referência, com os Estados Unidos mantendo déficits orçamentários e comerciais num mundo cada vez mais globalizado e interdependente? Qual é o nível “tolerável” de inflação no combate à crise? Para evitarmos a crise atual, será preciso necessariamente criar as bases da seguinte e provavelmente mais grave?

E adianta acharmos soluções econômicas e financeiras, se ao mesmo tempo não equacionarmos compromissos e soluções para evitar a auto-destruição por problemas de meio ambiente e desigualdade social?

(Saiba mais)

Dicionário Caldas Aulete: grátis e atualizado

De: Jamile Attiê
Para: Clube de Comunicação
Enviadas: Terça-feira, 7 de Abril de 2009 16:42:33
Assunto: [Clube_Comunicacao] Dicionário Caldas Aulete: grátis e atualizado

O programa de instalação do dicionário Caldas Aulete com as alterações introduzidas pelo recente decreto ortográfico encontra-se no seguinte endereço:

www.auletedigital.com.br

É ótimo e gratuito. Está à altura do Aurélio e do Houaiss, com a vantagem de estar atualizado. Baixar e instalar. Grátis.

5.4.09

1958 em DVD

Amigos e amigas,

nesta terça-feira, dia 07 de abril, às 19 horas, na livraria do Unibanco Arteplex, na praia de Botafogo.

1958 o ano em que o mundo descobriu o Brasil

Quem não viu o filme tem agora uma nova chance para relembrar e se emocionar com a maior conquista do futebol brasileiro: a copa do mundo de 1958. No início de abril vai ser lançado o DVD do documentário 1958 o ano em que o mundo descobriu o Brasil.

Os mais velhos vão poder rever com saudade o futebol de pura magia daquela que é considerada a maior seleção brasileira de todos os tempos; os mais jovens vão poder entender porque o que se joga hoje já foi chamado um dia de futebol-arte. Ali estão jogadas que são verdadeiras obras-primas e que levam as assinaturas de gênios como Garrincha, Didi, Pelé, Nilton Santos. 1958 mostra uma conquista épica do futebol, mas que lavou a alma de um país torturado com o trauma de 1950 e marcado pelo que Nelson Rodrigues classificou como complexo de vira-lata.

Um filme que nos leva a um Brasil brejeiro, quase ingênuo, onde o presidente bossa nova, Juscelino Kubitschek, começou a modernizar o país tendo como fundo musical as sátiras políticas do trovador Juca Chaves. Um filme para quem não tem vergonha de deixar escorrer aquela lágrima furtiva pela emoção da saudade ou pelo encantamento de descobrir o que o futebol já fez pelo Brasil.

Não se esqueçam: Unibanco Arteplex, praia de Botafogo, terça-feira, dia 07 de abril, às 19 horas. Um belo presente do coelhinho para os dias de feriado da Páscoa.

José Carlos Asbeg
Palmares Produções e Jornalismo

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Leia também:

Descobri que gosto de futebol

4.4.09

VIII Reatech

Clique AQUI para visitar o site da VIII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade.

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Clique AQUI para acompanhar as notícias da VIII Reatech na Agência Inclusive.

1.4.09

RedCafé no Globo

O Globo, Negócios & cia, 01/04/2009:

A REDCAFÉ Comunicação é a primeira agência latino-americana a integrar a Ad Store, rede de agências de publicidade independentes criada nos EUA. E passa a receber todas as demandas por trabalhos na região recebidas pela rede.

Dia Internacional do Autismo

Agência Inclusive, 31/03/2009:

DIA INTERNACIONAL DO AUTISMO - 2 de ABRIL

Data consagrada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

(Clique aqui para ver a programação completa)