31.5.11

Portal Nacional - PPS do Rio mantém oposição ao governo de Eduardo Paes e se prepara para 2012

O Diretório do PPS da cidade do Rio de Janeiro decidiu, em reunião na noite de ontem (30/05), manter sua oposição à administração do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O partido definiu também que vai dialogar com todas as legendas para construir um projeto alternativo para o Rio nas eleições de 2012. Confira abaixo as decisões tomadas pelos dirigentes do PPS carioca.

DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PPS DO RIO DE JANEIRO

Em reunião realizada em 30 de maio de 2011, o Diretório Municipal do PPS/Rio aprovou as seguintes indicações:

1) O PPS da Capital reafirma seu posicionamento de oposição ao governo da Prefeitura do Rio de Janeiro.

2) Na perspectiva das eleições municipais do próximo ano, o Diretório dialogará com todos os partidos políticos no âmbito do município.

3) Quanto ao pedido de licença apresentado por Georgette Vidor para assumir a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, o Diretório resolveu aprová-lo, embora discorde do método e dos termos nele contidos, já que o pedido de licença a impede de representar o partido na administração municipal. O convite do Prefeito e a sua aceitação se deram em caráter pessoal.

Roberto Percinoto
Presidente

Portal Nacional - PPS do Rio mantém oposição ao governo de Eduardo Paes e se prepara para 2012

27.5.11

IV Arraiá do Bem

Identidade social do aluno deficiente visual

CURSO À DISTÂNCIA:
A CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES SOCIAIS DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL E SUA IMPORTÂNCIA NAS AULAS DE LEITURA

Objetivo Geral
Reconhecer a importância das identidades sociais do aluno deficiente visual em contexto de letramento.

Objetivo Específico
Adequar as estratégias de ensino/aprendizagem para o aluno com deficiência visual, propondo-se adaptações curriculares necessárias às suas necessidades nas aulas de leitura.

CONTEÚDO
· A leitura em contexto de letramento
· A prática do letramento e as identidades sociais do aluno com deficiência visual
· O conceito de identidades sociais
· A mediação discursiva
· A pessoa com deficiência visual
· Breve conceito sobre deficiência visual
· Louis Braille
· Tecnologias Assistivas
· A escola inclusiva
· Adaptações curriculares
· Estratégias de leitura para alunos com deficiência visual
· Sugestões de filmes e textos

Duração do curso: 30 h/a
Início: 01 de junho
Término: 30 de junho
Certificação ao final do curso para o aluno com mais de 75% de frequência
Investimento: R$ 50,00

INCLUÍDOS:
Material digitalizado das aulas:
Textos
Apostilas
USO DA PLATAFORMA MOODLE

Para mais informações, clique aqui

* Quem se inscrever citando este blog (Andrei Bastos) terá um desconto de 50%.

22.5.11

A dinâmica do Mercado de Trabalho para a Inclusão de Pessoas com Deficiência

O seminário mudou

Ao conversarmos com nossos clientes sobre o seminário A dinâmica do Mercado de Trabalho para a Inclusão de Pessoas com Deficiência, muitos deles manifestaram o desejo de participar também como palestrantes e não apenas como público.

Em vista disso, a Soluções Sustentáveis decidiu adiar o seminário para o dia 10 de agosto, deixar de participar como palestrante e oferecer a visão e as experiências das empresas empregadoras de pessoas com deficiência, por elas mesmas, o que certamente será de grande valia para o avanço do processo de inclusão.

Na construção de um mundo melhor,

Soluções Sustentáveis

***

O Globo, Ancelmo Gois, 22/05/2011:

ZONA FRANCA
  • Estão abertas as inscrições para o seminário A dinâmica do Mercado de Trabalho para a Inclusão de Pessoas com Deficiência, dia 1º , no Rio.
***
A Dinâmica do Mercado de Trabalho para a Inclusão de Pessoas com Deficiência

Cenário Brasileiro do Processo de Inclusão de Pessoas com Deficiência: Consolidados, Entraves e Desafios
Participação:
João Batista Carvalho e Silva - Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos - Andef

Acessibilidade: Um conceito para a Autonomia, Segurança e Ergonomia Empresarial
Participação:
Andrei Bastos – Soluções Sustentáveis, Sérgio Teixeira – Soluções Sustentáveis

Construção Social do Preconceito e da Discriminação
Participação:
Márcia Benevides – Souza Cruz, Luiz Claudio Pereira – Comitê Paraolímpico Brasileiro, Márcio Aguiar – Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos

A Inclusão Profissional: Exercício de Diversidade e Transformação nas Empresas
Participação:
Débora Martins – Vale, Karen Cubas - Senac

(Saiba mais)

18.5.11

Professora Amanda Gurgel

14.5.11

Filme novo na praça

De Pedro Asbeg, filho de meus queridíssimos amigos José Carlos Asbeg e Pipsi Munk:

Prezados,

eu e o amigo Gustavo Gama Rodrigues estamos produzindo um documentário de longa-metragem que vai tratar de política, música e futebol.

“Democracia em Preto e Branco” revisita o Brasil no início da década de 80 a partir do ponto de vista do revolucionário movimento da “Democracia Corintiana”, da luta por eleições diretas para presidente e o nascimento do Rock Brasil.

O site http://www.democracia-ofilme.blogspot.com/ está cheio de informações, link para o video promo e outras coisas mais.

Como de hábito, o filme está sendo produzido na raça, de forma independente. Por isso, paralelo ao processo tradicional de captação via leis de incentivo, entramos naquele esquema de captação coletiva, onde cada pessoa faz uma doação (que varia entre R$10 e R$200) e é recompensada com a feitura do filme em si e com contrapartidas como DVD, camisa, cartaz autografado e até estágio no filme. O mais legal é que o dinheiro só sai da sua conta caso consigamos atingir o valor que precisamos no tempo estipulado. Se isso não acontecer, o valor do incentivo não é debitado. Tudo esté detalhado na nossa página do site do incentivador:

http://www.incentivador.com.br/projeto/cinema/democracia-em-preto-e-branco/103

Pra que o filme ganhe corpo, é muito importante a divulgação dos amigos, via email, blog, redes sociais ou simplesmente sugerindo-o a pessoas que possam se interessar pelos temas propostos. Quem quiser ser um incentivador do filme e fazer alguma doação, melhor ainda.

Desde já agradeço a atenção, abraço,

Pedro Asbeg

Carta para o Teatro dos Quatro

Site Em Dia Com A Cidadania, 09/05/2011:

CARTA DE UMA CADEIRANTE AO TEATRO DOS QUATRO, NO RIO

Excluída em peça sobre inclusão

Segue a carta enviada à administração do teatro dos Quatro, um dos mais importantes do Rio, pla arquiteta cadeirante, Regina Cohen.
No quesito acessibilidade, realmente, estamos no século XIX!

Prezada Denise,

Sou arquiteta com deficiência física, me locomovo em cadeira de rodas, sou consultora em acessibilidade para Pessoas com Deficiência (PcD) e coordeno o Núcleo Pró-Acesso da UFRJ. Só agora consegui lhe escrever esta longa mensagem que espero que leia até o fim.

No domingo passado levei meu sobrinho de 9 anos para assistir com as turmas de sua escola uma peça que falava de Inclusão: TRIANGULINHA. Há alguns anos não frequentava o seu Teatro dos Quatro, em um dos Shopings que considero mais charmosos na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro. Estacionei em uma das vagas especiais do estacionamento, subi pelo elevador e fui entrando pela bilheteria sem que ninguem me alertasse o que encontraria pela frente. Qual não foi minha surpresa quando tive que ficar literalmente paralizada diante das escadas. Como você pode ver pelas fotos que fiz questão de tirar, as muitas barreias, um degrau à frente e uma rampa muito inclinada atrás de mim, me colocaram em situação de exclusão com relação ao resto da platéia, tendo que ficar distante do meu sobrinho quando imaginava que este espetáculo infantil que falava sobre a diversidade nos mostraria o valor de conviver com aquela fantástica gurizada com seus amigos e seus pais.

Tente fechar os olhos e imaginar por um momento como me senti distante daquela comunhão festiva e afetiva diante de uma bela estória inclusiva e durante o debate que aconteceu logo depois. Algumas lágrimas rolaram e eu as escondi de todos. Pedi a palavra, falei com o grupo que não tinha culpa e quando saí tentei falar contigo, mas me disseram que você estava muito ocupada em uma reunião e eu não consegui. Neste espaço mais deficiente do que eu, fiquei mesmo em desvantagem, fui excluida e me senti muito diferente de todos. Sou sim diferente e penso que não existem duas pessoas sequer semelhantes nas suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais, mas sou igual em direitos. Um direito à cultura presente em nossa legislação brasileira, na Convenção da ONU sobre os direitos da PcD e que me foi negado naquele degrau, naquela escada e na grande barreira atitudinal de não possibilitar o diálogo. Depois deste discurso, volto ao meu trabalho e penso que nos encontramos muito próximos de mostrar ao mundo o quanto estamos na vanguarda dos acontecimentos com lugares plenamente acessíveis para pessoas que não enxergam, não ouvem, em cadeira de rodas, pessoas muito gordas, muito baixas, com alguma dificuldade cognitiva ou com alguma deficiência.

O Rio e o Brasil atualmente pertencem ao meu mais nobre ideal e sonho de inclusão. Não podemos perder este trem tão veloz quanto todos os que estão sendo planejados para mostrar nossa mobilidade, nossa acessibilidade e nossa sustentabilidade ao mundo.

Nossas cidades com todos os seus espaços culturais também fazem parte deste sonho. Retomo o debate e te convido ao diálogo para tornar o Teatro dos Quatro, sob a sua responsabilidade, acessível. Andamos bastante ocupadas e talvez não tenhamos tempo ou dinheiro suficiente para tantas obras, ações e tarefas desta nossa modernidade.

Se preferir te convido, juntamente com sua equipe, para o I Seminário Estadual de Acessibilidade a Museus e Instituições Culturais, nos dias 09 e 10 de junho. Pode ser uma boa oportunidade para o início de uma conversa que também pode acontecer antes.

Segue abaixo meu celular. Aguardo seu contato.

Até Breve,

Regina Cohen
Núcleo Pró-Acesso
PROARQ/FAU/UFRJ
http://www.proacesso.fau.ufrj.br/

Acessibilidade em imóveis

3.5.11

O tempo não para

ANDREI BASTOS

Nossos pais e avós viveram num tempo que era o senhor da razão, passava lentamente e permitia que cada avanço fosse bem assimilado. Nossos dias acrescentaram a informação ao cotidiano, como valor, e a constatação de que o tempo não para passou a expressar a grande velocidade das transformações do mundo.

Tudo muda tão rápido que mal percebemos a afirmação de novos paradigmas. Embora pareça que foi ontem, a idéia de que não existe mais possibilidade de desenvolvimento sem sustentabilidade e de que não existe sustentabilidade sem inclusão e responsabilidade social já não é mais novidade.

De Marcel Proust, que tornou famosa a frase “o tempo é o senhor da razão”, de autor desconhecido, a Cazuza, que via o futuro repetindo o passado e fez a música “O tempo não para”, as voltas que o mundo deu nos colocaram diante de impasses cujas resoluções definirão nosso futuro, sem repetir o passado.

Atenta a isso e integrando o mundo empresarial, com a proposta inovadora de fazer e assessorar negócios com base em direitos humanos e responsabilidade social, a Soluções Sustentáveis (http://www.solucoessustentaveis.com/) dá início a um processo de reflexão para a construção de um mundo melhor, hoje uma condição para desenvolvimento e lucratividade.

O seminário “A Dinâmica do Mercado de Trabalho para a Inclusão de Pessoas com Deficiência” é a primeira contribuição da Soluções Sustentáveis neste processo e se dedica à questão que se apresenta como de maior complexidade para as empresas.

Participar deste evento é essencial para a eliminação da primeira barreira na inclusão de pessoas com deficiência no mundo do trabalho, que é a desinformação.

***
“A Dinâmica do Mercado de Trabalho para a Inclusão de Pessoas com Deficiência”
Dia 1º de junho de 2011
Hotel São Francisco – Rua Visconde de Inhaúma, 95, Centro, Rio de Janeiro
De 8h às 17h30m
As vagas são limitadas a 100 pessoas.
Tel.: (21) 3553-8045
(Clique aqui para mais informações)

2.5.11

Os deficientes não agradecem

O Globo, Ancelmo Gois, 30/04/2011
Muito bacana o ônibus ecologicamente correto da Volkswagen. Só não vi no texto e nas fotos nenhum indício de acessibilidade, como determina o Decreto 5.296/2004, na Seção II do seu Capítulo V:

http://www.planalto.gov.br/ccivil/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm

***
Veja/Leia também:

Ônibus adaptado no Rio de Janeiro (2)

O preço da exclusão

O Globo, Opinião, 28/04/2011:

O preço da exclusão

LAIS MENDES PIMENTEL e PATRICIA ALMEIDA

O debate sobre inclusão escolar avançou nas últimas semanas a partir de dois fatos: o anúncio do “possível fechamento” do Instituto Nacional de Educação de Surdos e do Instituto Benjamin Constant, para alunos cegos; e, o massacre de 12 jovens numa escola municipal de Realengo por um ex-aluno da instituição.

Não, o INES e o IBC nunca estiveram a ponto de ser fechados. O que não significa que devam ficar imunes a mudanças previstas pelo movimento mundial da inclusão, que prevê a gradual extinção das escolas especiais e incorporação dos alunos com deficiência nas escolas regulares perto de suas casas, direito inegociável inscrito em nossa Constituição.

Há 17 anos o Brasil assinou a Declaração de Salamanca, assumindo um compromisso internacional de promover a inclusão de alunos com necessidades educacionais específicas na rede regular de ensino, o que foi ratificado na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2008.

A Educação Básica é, então, direito de todos indiscriminadamente. A segunda situação chocou o Brasil.

Wellington Menezes, ex-aluno da Tasso da Silveira, volta à escola e dispara 60 tiros, matando 12 crianças. Primeira reação: o assassino era um maluco! Logo, parentes e ex-alunos da Tasso da Silveira revelaram que o rapaz tinha sabidos problemas psicológicos e fora vítima de Bullying. O que Wellington Menezes fez foi um acerto de contas. De vítima, ele passou a algoz.

Vem do Canadá o relatório que mostra como escolas realmente inclusivas são mais seguras.

“As raízes desse comportamento agressivo dos estudantes encontram-se em seus sentimentos de alienação, no fato de não acharem que pertencem ao ambiente escolar. Este problema é agravado pelo fracasso das escolas em atender às necessidades educacionais e emocionais desses alunos que se sentem excluídos. É este tipo de situação, em sua forma extrema, que propicia tragédias como as que ocorreram na Columbine High School e no Virginia Technological Institute.”

No Brasil, salas de recurso foram criadas para atender alunos com necessidades especiais. O que deve incluir também jovens sem diagnóstico de deficiência, mas que precisam de uma atenção extra ministrada por uma equipe multidisciplinar. São alunos que sofrem abusos em casa ou mesmo que têm problemas psicológicos, como era o caso do Wellington Menezes.

Mas há quem seja contra a inclusão escolar. São os que ignoram o quanto a Educação inclusiva estimula não só o “especial” como também educa a sensibilidade do aluno “não especial”. Fora os que preferem manter a alocação de vultosas verbas federais e o prestígio político das antigas instituições.

Quem defende a segregação com o argumento de que a Educação já é ruim sem inclusão está cometendo um perigoso erro de lógica, uma inversão rudimentar da relação causa-efeito.

O preço da Educação ”exclusiva” é o Bullying. E ninguém está livre de ser uma vítima dele.

LAIS MENDES PIMENTEL e PATRICIA ALMEIDA são jornalistas e mães de crianças com síndrome de Down.

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Leia também:

Cegos e surdos à discussão